Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, virgem
- Primeira Leitura: Gn 41,55-57;42,5-7a.17-24a
- Salmo Responsorial: Sl 32(33),2-3.10-11.18-19 (R. 22)
- Evangelho: Mt 10,1-7
- Cor Litúrgica: Verde
Evangelho e leituras de hoje - 9 de julho de 2025
A Liturgia do Dia é um presente diário da Igreja para nutrir nossa fé e orientar nossa vida espiritual. Por meio das leituras — Primeira Leitura, Salmo, Segunda Leitura (aos domingos) e Evangelho — ouvimos a voz viva de Deus que continua a falar ao Seu povo.
Essas palavras não são apenas memórias do passado, mas luz para o presente, capazes de transformar corações e renovar esperanças. Ao meditarmos a Liturgia, unimo-nos à Igreja no mundo inteiro e permitimos que o Espírito Santo aja em nós.
É um convite diário à conversão, à escuta e à fidelidade. Que a Palavra de Deus ilumine e conduza nosso caminho todos os dias.
Primeira Leitura
Sofremos justamente estas coisas,
porque pecamos contra o nosso irmão.
Leitura do Livro do Gênesis 41,55-57.42,5-7a.17-24a
Naqueles dias,
55 todo o Egito começou a sentir fome, e o povo clamou ao Faraó, pedindo alimento. E ele respondeu-lhe: "Dirigi-vos a José e fazei o que ele vos disser".
56 Quando a fome se estendeu a todo o país, José abriu os celeiros e vendeu trigo aos egípcios, porque a fome também os oprimia.
57 De todas as nações vinham ao Egito comprar alimento, pois a fome era dura em toda a terra.
42,5 Os filhos de Israel entraram na terra do Egito com outros que também iam comprar trigo, pois havia fome em Canaã.
6 José era governador na terra do Egito e, conforme a sua vontade, se vendia trigo à população. Chegando os irmãos de José, prostraram-se diante dele com o rosto em terra.
7a Ao ver seus irmãos, José os reconheceu.
17 E mandou metê-los na prisão durante três dias.
18 E, no terceiro dia, disse-lhes: "Fazei o que já vos disse e vivereis, pois eu temo a Deus.
19 Se sois sinceros, fique um dos irmãos preso aqui no cárcere, e vós outros ide levar para vossas casas o trigo que comprastes.
20 Mas trazei-me o vosso irmão mais novo, para que eu possa provar a verdade de vossas palavras, e não morrerdes". Eles fizeram como José lhes tinha dito.
21 E diziam uns aos outros: "Sofremos justamente estas coisas, porque pecamos contra o nosso irmão: vimos a sua angústia, quando nos pedia compaixão, e não o atendemos. É por isso que nos veio esta tribulação".
22 Rúben disse-lhes: "Não vos adverti dizendo: 'Não pequeis contra o menino?' E vós não me escutastes. E agora nos pedem conta do seu sangue".
23 Ora, eles não sabiam que José os entendia, pois lhes falava por meio de intérprete.
24a Então, José afastou-se deles e chorou. Palavra do Senhor.
Salmo responsorial
R. Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,
da mesma forma que em vós nós esperamos!
2 Dai graças ao Senhor ao som da harpa, * na lira de dez cordas celebrai-o!
3 Cantai para o Senhor um canto novo, * com arte sustentai a louvação! R.
10 O Senhor desfaz os planos das nações * e os projetos que os povos se propõem.
11 Mas os desígnios do Senhor são para sempre, † e os pensamentos que ele traz no coração, * de geração em geração, vão perdurar. R.
18 Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, * e que confiam esperando em seu amor,
19 para da morte libertar as suas vidas * e alimentá-los quando é tempo de penúria. R.
Aclamação ao Evangelho
V. Convertei-vos e crede no Evangelho,
pois, o Reino de Deus está chegando!
Evangelho
Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 10,1-7Naquele tempo,
1 Jesus chamou os doze discípulos e deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade.
2 Estes são os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João;
3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu;
4 Simão, o Zelota, e Judas Iscariotes, que foi o traidor de Jesus.
5 Jesus enviou estes Doze, com as seguintes recomendações: "Não deveis ir aonde moram os pagãos, nem entrar nas cidades dos samaritanos!
6 Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel!
7 Em vosso caminho, anunciai: 'O Reino dos Céus está próximo'". Palavra da Salvação.
Santo do Dia

Evangelização da China
O primeiro anúncio do Evangelho na China tem origens muito remotas: parece que também São Tomé, um dos Doze apóstolos de Jesus, foi até lá em sua obra de evangelização.
Contudo, segundo os primeiros testemunhos fidedignos, a chegada do cristianismo à China, através da Síria, ocorreu apenas no século V.
No entanto, na época moderna, muito se deve à Companhia de Jesus, que enviou seus missionários jesuítas, como Mateus Ricci, que desembarcaram em Macau, em 1582. No início, a nova religião gozava de certa liberdade de culto: com o edito do imperador, em 1692, foi possível a profissão de fé e a pregação livre no âmbito do império. Porém, esta situação não durou muito.
Agostinho, “eu te batizo...”
Agostinho Zhao Rong nasceu em Kweichou, em 1746, no seio de uma família pagã. Aos 20 anos, alistou-se no exército imperial e, aos 26, como carcereiro de Wu-chuan, ficou encarregado de manter os cristãos presos, após a perseguição imperial, desencadeada em 1772. Precisamente ali, aconteceu algo de extraordinário: detinha-se, cada vez mais, a ouvir os sacerdotes, que não deixavam de anunciar o Evangelho, nem durante a sua detenção. Assim, quase sem perceber, converteu-se ao cristianismo!
Ao ser batizado, em 28 de agosto, recebeu o nome de Agostinho. A seguir, pôs-se a serviço dos missionários, ficando encarregado de batizar as crianças, que estavam morrendo de fome, por causa da escassez.
Ao concluir os estudos teológicos necessários, foi ordenado sacerdote, em 1781.
Agostinho tornou-se um grande pregador, capaz de comover, até às lágrimas, com as suas pregações sobre a Paixão de Jesus, obtendo muitas conversões. Depois, foi enviado a Yunnan para evangelizar os aborígines.
Martírio, semente de santidade, que produz muitos frutos
Infelizmente, na China, em 1815, os cristãos voltaram a ser perseguidos. Agostinho, reconhecido como sacerdote, foi preso e submetido a torturas até ao martírio. Mas, ele não foi o primeiro, pois aonde o cristianismo chegava, chegava logo também o martírio.
Com efeito, Padre Francesco Fernández de Capillas, dominicano assassinado por ódio à fé, em 1648, é considerado Protomártir da China. A mesma sorte coube a muitos outros: entre 1648 e 1930, foram assassinados 120 cristãos, dos quais 87, nascidos e criados na China; outros eram, sobretudo, religiosos em missão.
Por ocasião do grande Jubileu do ano 2000 e da Canonização de Santo Agostinho Zhao Rong, São João Paulo II acrescentou todos os mártires chineses em uma única Causa, embora beatificados em momentos diferentes. Todos foram testemunhas corajosas do Evangelho de Cristo, que o anunciaram, com palavras e a vida, até ao extremo sacrifício.
