Sábado da Semana XVIII do Tempo Comum
- Primeira Leitura: Dt 6,4-13
- Salmo Responsorial: Sl 17(18),2-3a.3bc-4.47 e 51ab (R. 2)
- Evangelho: Mt 17,14-20
- Cor Litúrgica: Verde
Evangelho e leituras de hoje - 9 de agosto de 2025
A Liturgia do Dia é um presente diário da Igreja para nutrir nossa fé e orientar nossa vida espiritual. Por meio das leituras — Primeira Leitura, Salmo, Segunda Leitura (aos domingos) e Evangelho — ouvimos a voz viva de Deus que continua a falar ao Seu povo.
Essas palavras não são apenas memórias do passado, mas luz para o presente, capazes de transformar corações e renovar esperanças. Ao meditarmos a Liturgia, unimo-nos à Igreja no mundo inteiro e permitimos que o Espírito Santo aja em nós.
É um convite diário à conversão, à escuta e à fidelidade. Que a Palavra de Deus ilumine e conduza nosso caminho todos os dias.
Primeira Leitura
Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração.
Leitura do Livro do Deuteronômio 6,4-13
Moisés falou ao povo, dizendo:
4 "Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.
5 Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças.
6 E trarás gravadas em teu coração todas estas palavras que hoje te ordeno.
7 Tu as repetirás com insistência aos teus filhos e delas falarás quando estiveres sentado em tua casa, ou andando pelos caminhos, quando te deitares, ou te levantares.
8 Tu as prenderás como sinal em tua mão e as colocarás como um sinal entre os teus olhos;
9 tu as escreverás nas entradas da tua casa e nas portas da tua cidade.
10 Quando o Senhor te introduzir na terra que prometeu com juramento a teus pais, Abraão, Isaac e Jacó, que te daria, com cidades grandes e belas que não edificaste,
11 casas cheias de toda espécie de bens que não acumulaste, cisternas já escavadas que não cavaste, vinhas e oliveiras que não plantaste; e quando comeres e te fartares,
12 então, cuida bem de não esqueceres o Senhor que te tirou do Egito, da casa da escravidão.
13 Temerás o Senhor teu Deus, a ele servirás e só pelo seu nome jurarás". Palavra do Senhor.
Salmo responsorial
2 Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, *
3a minha rocha, meu refúgio e Salvador! Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, * minha força e poderosa salvação. R.
b Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga *
c sois meu escudo e proteção: em vós espero!
4 Invocarei o meu Senhor: a ele a glória! * e dos meus perseguidores serei salvo! R.
47 Viva o Senhor! Bendito seja o meu Rochedo! * E louvado seja Deus, meu Salvador!
51a Concedeis ao vosso rei grandes vitórias *
b e mostrais misericórdia ao vosso Ungido. R.
Aclamação ao Evangelho
V. Jesus Cristo Salvador destruiu o mal e a morte;
fez brilhar pelo Evangelho a luz e a vida imperecíveis.
Evangelho
Se tiverdes fé nada vos será impossível.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 17,14-2014 Naquele tempo, chegando Jesus e seus discípulos junto da multidão, um homem aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se e disse:
15 "Senhor, tem piedade do meu filho. Ele é epilético, e sofre ataques tão fortes que muitas vezes cai no fogo ou na água.
16 Levei-o aos teus discípulos, mas eles não conseguiram curá-lo!"
17 Jesus respondeu: "Ó gente sem fé e perversa! Até quando deverei ficar convosco? Até quando vos suportarei? Trazei aqui o menino".
18 Então Jesus o ameaçou e o demônio saiu dele. Na mesma hora o menino ficou curado.
19 Então, os discípulos aproximaram-se de Jesus e lhe perguntaram em particular: "Por que nós não conseguimos expulsar o demônio?"
20 Jesus respondeu: "Porque a vossa fé é demasiado pequena. Em verdade vos digo, se vós tiverdes fé do tamanho de uma semente de mostarda, direis a esta montanha: 'Vai daqui para lá' e ela irá. E nada vos será impossível". Palavra da Salvação.
Santo do Dia

"Ave Crux, Spes Unica": com o olhar fixo nos braços abertos de Cristo na cruz, única esperança, Edith Stein recebeu a palma do martírio nas câmaras de gás de Auschwitz-Birkenau, no tórrido mês de agosto de 1942.
Ao chegar ao ápice de um longo percurso interior, Edith Stein deixou o estudo de filosofia para se dedicar ao compromisso com a promoção humana, social e religiosa das mulheres, e à vida contemplativa.
Edith nasceu em Breslávia, na Baixa Silésia, Polônia, em 1891; era a décima primeira filha de um casal muito fervoroso de judeus; destacou-se, logo, por sua inteligência brilhante, que lhe favoreceu uma visão racionalista e o juvenil desapego da religião.
Interrompeu seus estudos, apenas durante a Primeira Guerra Mundial, para prestar socorro aos soldados como enfermeira da Cruz Vermelha.
O encontro com a Fenomenologia do filósofo Husserl, do qual foi assistente na Universidade de Freiburg, que a levou a aprofundar o tema da empatia, mas também o encontro com o filósofo Max Scheler e ainda a leitura dos Exercícios de Santo Inácio e da vida de Santa Teresa de Ávila, contribuíram para suscitar nela a conversão ao cristianismo.
Fé e nazismo
Ansiosa de conquistar a verdade, mediante o conhecimento e o estudo, foi conquistada pela Verdade de Cristo, ao aprofundar os textos dos Santos Tomás e Agostinho.
Edith Stein recebeu o Batismo e a Crisma, em 1922, contra a vontade dos pais, mas nunca renegou suas raízes judaicas.
Durante os anos das perseguições, tornou-se professora e Irmã carmelita em Colônia, em 1934, com o nome de Teresa Benedita da Cruz; abraçou o sofrimento do seu povo, em sintonia com o sacrifício de Cristo.
Depois das violências da "Noite dos Cristais", foi transferida para a Holanda, país neutro, onde, no Carmelo de Echt, colocou por escrito seu desejo de oferecer-se em "sacrifício de expiação pela verdadeira paz e pela derrota do reino do Anticristo".
Mártir em Auschwitz
Dois anos após a invasão nazista da Holanda, em 1940, foi pega, junto com outros 244 judeus católicos, como ato de represália contra os Bispos holandeses, que se opuseram publicamente às perseguições, e levada para Auschwitz. Ali, cuidou das crianças encarceradas e as acompanhou, com compaixão, até ao patíbulo, e ensinou o Evangelho aos presos.
Com ela estava também sua irmã Rosa, que também havia se convertido ao catolicismo, à qual, no momento extremo do martírio, disse: "Venha, vamos pelo nosso povo".
No passado, Edith Stein havia escrito: "O mundo está em chamas: a luta entre Cristo e o anticristo se deteriorou abertamente. Por isso, se você optar por Cristo, poderia exigir de você até o sacrifício da própria vida".
Exemplo de tolerância e acolhida para a Europa
O pensamento e a fé de Edith Stein estão reunidos em suas obras, sobretudo, em "Ser finito e Ser eterno". Trata-se de uma síntese de filosofia e misticismo, da qual emerge o sentido do homem, a sua singularidade e unicidade em relação ao Criador.
"Uma eminente filha de Israel e filha fiel da Igreja"! Assim, São João Paulo II a definiu ao canonizá-la em 1998. "Proclamar Santa Edith Stein co-padroeira da Europa – disse o Papa – significa cravar no horizonte do Velho Continente um estandarte de respeito, tolerância, aceitação". Porém, é preciso lançar mão dos valores autênticos, que têm seu fundamento na lei da moralidade universal: uma Europa que confundisse o valor da tolerância e do respeito universal com o indiferentismo ético e o cepticismo acerca dos valores irrenunciáveis, abrir-se-ia às mais arriscadas aventuras e, mais cedo ou mais tarde, veria reaparecer sob novas formas os espectros mais tremendos da sua história”.
