Terça-Feira da Semana XIV do Tempo Comum
- Primeira Leitura: Gn 32,23-33
- Salmo Responsorial: Sl 16(17),1.2-3.6-7.8b e 15 (R. 15a)
- Evangelho: Mt 9,32-38
- Cor Litúrgica: Verde
Evangelho e leituras de hoje - 8 de julho de 2025
A Liturgia do Dia é um presente diário da Igreja para nutrir nossa fé e orientar nossa vida espiritual. Por meio das leituras — Primeira Leitura, Salmo, Segunda Leitura (aos domingos) e Evangelho — ouvimos a voz viva de Deus que continua a falar ao Seu povo.
Essas palavras não são apenas memórias do passado, mas luz para o presente, capazes de transformar corações e renovar esperanças. Ao meditarmos a Liturgia, unimo-nos à Igreja no mundo inteiro e permitimos que o Espírito Santo aja em nós.
É um convite diário à conversão, à escuta e à fidelidade. Que a Palavra de Deus ilumine e conduza nosso caminho todos os dias.
Primeira Leitura
De modo algum te chamarás Jacó, mas Israel;
porque lutaste com Deus e venceste.
Leitura do Livro do Gênesis 32,23-33 (hebr. 22-33)
Naqueles dias,
23 Jacó levantou-se ainda de noite, tomou suas duas mulheres, as duas escravas e os onze filhos, e passou o vau do Jaboc.
24 Depois de tê-los ajudado a passar a torrente, e atravessar tudo o que lhe pertencia,
25 Jacó ficou só. E eis que um homem se pôs a lutar com ele até o raiar da aurora.
26 Vendo que não podia vencê-lo, este tocou-lhe o nervo da coxa e logo o tendão da coxa de Jacó se deslocou, enquanto lutava com ele.
27 O homem disse a Jacó: "Larga-me, pois já surge a aurora". Mas Jacó respondeu: "Não te largarei, se não me abençoares".
28 O homem perguntou-lhe: "Qual é o teu nome?" Respondeu: "Jacó".
29 Ele lhe disse: "De modo algum te chamarás Jacó, mas Israel; porque lutaste com Deus e com os homens e venceste".
30 Perguntou-lhe Jacó: "Dize-me, por favor, o teu nome". Ele respondeu: "Por que perguntas o meu nome?" E ali mesmo o abençoou.
31 Jacó deu a esse lugar o nome de Fanuel, dizendo: "Vi Deus face a face e foi poupada a minha vida".
32 Surgiu o sol quando ele atravessava Fanuel; e ia mancando por causa da coxa.
33 Por isso os filhos de Israel não comem até hoje o nervo da articulação da coxa, pois Jacó foi ferido nesse nervo. Palavra do Senhor.
Salmo responsorial
R. Verei, justificado, vossa face, ó Senhor!
1 Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, * escutai-me e atendei o meu clamor! Inclinai o vosso ouvido à minha prece, * pois não existe falsidade nos meus lábios! R.
2 De vossa face é que me venha o julgamento, * pois vossos olhos sabem ver o que é justo.
3 Provai meu coração durante a noite, † visitai-o, examinai-o pelo fogo, * mas em mim não achareis iniquidade. R.
6 Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, * inclinai o vosso ouvido e escutai-me!
7 Mostrai-me vosso amor maravilhoso, † vós que salvais e libertais do inimigo * quem procura a proteção junto de vós. R.
8b Protegei-me qual dos olhos a pupila * e guardai-me, à proteção de vossas asas,
15 Mas eu verei, justificado, a vossa face * e ao despertar me saciará vossa presença. R.
Aclamação ao Evangelho
V. Eu sou o bom pastor, conheço minhas ovelhas
Evangelho
A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 9,32-38Naquele tempo,
32 apresentaram a Jesus um homem mudo, que estava possuído pelo demônio.
33 Quando o demônio foi expulso, o mudo começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam: "Nunca se viu coisa igual em Israel".
34 Os fariseus, porém, diziam: "É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios".
35 Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade.
36 Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos:
37 "A Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos.
38 Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!" Palavra da Salvação.
Santo do Dia


Áquila e Priscila tinham uma vida unida, sempre em movimento, com o olhar fixo em Cristo. Seu dinamismo em dar testemunho de fé chamou a atenção de Paulo de Tarso, do qual se tornaram amigos íntimos. Os poucos dados sobre a vida deste casal podemos encontrar nas Cartas do Apóstolo dos Gentios e nos Atos, quando Paulo elogia seus amigos.
Áquila era um judeu, nascido em Ponto, atual Turquia; ao imigrar para Roma, apaixonou-se e casou-se com uma jovem romana chamada Priscila. Juntos, iniciam uma fábrica de tendas e, juntos, convertem-se ao cristianismo. Mas, não puderam permanecer por muito tempo na Cidade Eterna, por causa do edito, promulgado pelo Imperador Cláudio, no ano 49, que previa a expulsão de todos os judeus acusados de fomentar tumultos.
Amizade com Paulo
Áquila e Priscila transferiram-se para Corinto, uma cidade cosmopolita, onde prosperava o culto a Afrodite. Ali, encontraram Paulo, que o hospedaram em sua casa, o envolveram em seu trabalho, para que pudesse providenciar o necessário para a sua subsistência.
Naquela cidade, capital da Acaia, o apóstolo escolheu, como local de culto e pregação, a casa do prosélito, Tício Justo, próxima àquela dos cônjuges. A amizade deles, arraigada em Jesus, nunca se interrompeu, nem quando Paulo decidiu voltar para a Síria. Os dois esposos acompanham-no, em parte da viagem, e se estabeleceram em Éfeso.
Risco de vida
Na cidade jônica da Anatólia, centro de intercâmbios culturais, religiosos e comerciais, os três encontraram-se novamente. Ali, Paulo morou por mais de dois anos e fundou uma Igreja. Áquila e Priscila, sem deixar suas atividades comerciais, ajudaram-no na formação de novos convertidos; de modo especial, acompanharam a iniciação cristã de Apolo, um judeu de Alexandria, profundo conhecedor das Escrituras; ele ficou fascinado pela catequese deles, que se tonou crível pelo testemunho reciprocidade e oblação conjugal.
A grande casa em Éfeso, adquirida pelos cônjuges, tornou-se logo ponto de referência para a comunidade recém-nascida, que ali se encontrava para ouvir a Palavra e celebrar a Eucaristia. Ali, o Apóstolo se hospedou, recordando sempre, com gratidão, a calorosa acolhida dos dois amigos, que, para o salvar - escreve na Carta aos Romanos - "arriscaram a sua vida".
Testemunhas do amor conjugal, arraigado no Evangelho
Ao cessar o edito imperial, concernente à expulsão dos judeus, Áquila e Priscila retornaram a Roma, sempre propensos ao zelo missionário e ao testemunho do Ressuscitado.
Nada se sabe sobre a morte dos dois esposos. Há quem identifica Priscila com Prisca, a primeira mulher mártir, decapitada e venerada na igreja homônima do bairro romano do Aventino. Outros, com a Priscila, proprietária das catacumbas na Via Salária. A estas duas era ligada a gens Acilia, que alguns estudiosos intitulam o nome de Áquila.