Liturgia do dia 4 de outubro de 2025

São Francisco de Assis, religioso

  • Reading 1 : Baruch 4:5-12, 27-29
  • Responsorial Psalm : Psalm 69:33-35, 36-37
  • Alleluia : See Matthew 11:25
  • Gospel : Luke 10:17-24
  • Cor Litúrgica: Branco
  • Memória

Evangelho e leituras de hoje - 4 de outubro de 2025

A Liturgia do Dia é um presente diário da Igreja para nutrir nossa fé e orientar nossa vida espiritual. Por meio das leituras — Primeira Leitura, Salmo, Segunda Leitura (aos domingos) e Evangelho — ouvimos a voz viva de Deus que continua a falar ao Seu povo.

Essas palavras não são apenas memórias do passado, mas luz para o presente, capazes de transformar corações e renovar esperanças. Ao meditarmos a Liturgia, unimo-nos à Igreja no mundo inteiro e permitimos que o Espírito Santo aja em nós.

É um convite diário à conversão, à escuta e à fidelidade. Que a Palavra de Deus ilumine e conduza nosso caminho todos os dias.

Primeira Leitura

Br 4,5-12.27-29

Aquele que trouxe sofrimento para vós,
para vós trará, com a vossa salvação, eterna alegria.

Leitura do Livro de Baruc 4,5-12.27-29

5 Coragem, meu povo, que sois a lembrança viva de Israel:

6 fostes vendido às nações, mas não para serdes exterminados; por terdes provocado a ira de Deus é que fostes entregues aos inimigos.

7 Exasperastes Aquele que vos criou, oferecendo sacrifícios aos demônios,  e não a Deus.

 

8 Esquecestes o Deus que vos alimentou,  o Deus eterno, e entristecestes aquela que vos nutriu, Jerusalém.

 

9 Ela viu desabar sobre vós a ira de Deus  e disse:  "Escutai, vizinhas de Sião: Deus fez cair sobre mim uma grande aflição.

10 Eu vi o cativeiro de meus filhos e filhas, que o Eterno lhes infligiu.

11 Eu os havia criado com alegria; com lágrimas e luto os vi partir.

12 Ninguém se alegre por ver-me viúva e abandonada por muitos! Por causa dos pecados de meus filhos, fiquei deserta; eles se desviaram da lei de Deus.

27 Animai-vos, meus filhos, e clamai a Deus; ele, que vos fez sofrer,  há de lembrar-se de vós.

28 Como por livre vontade vos desviastes de Deus, agora, voltando, buscai-o com zelo dez vezes maior;

29 aquele que trouxe sofrimento para vós, para vós trará, com a vossa salvação, eterna alegria". Palavra do Senhor.

 

 

Salmo responsorial

Sl 68(69),33-35.36-37 (R. 34a)
R. Nosso Deus atende a prece dos seus pobres.

 

33 Humildes, vede isto e alegrai-vos: † o vosso coração reviverá, * se procurardes o Senhor continuamente!

34 Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, * e não despreza o clamor de seus cativos.

35 Que céus e terra glorifiquem o Senhor * com o mar e todo ser que neles vive!   R

 

36 Sim, Deus virá e salvará Jerusalém, † reconstruindo as cidades de Judá, * onde os pobres morarão, sendo seus donos.

37 A descendência de seus servos há de herdá-las, † e os que amam o santo nome do Senhor * dentro delas fixarão sua morada!   R

 

Aclamação ao Evangelho

R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
    pois revelaste os mistérios do teu Reino
    aos pequeninos, escondendo-os aos doutores!

Evangelho

Lc 10,17-24

Ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 10,17-24

  Naquele tempo,

17 os setenta e dois voltaram muito contentes,  dizendo: "Senhor, até os demônios nos obedeceram por causa do teu nome".

18 Jesus respondeu: "Eu vi Satanás cair do céu, como um relâmpago.

19 Eu vos dei o poder de pisar em cima de cobras e escorpiões e sobre toda a força do inimigo. E nada vos poderá fazer mal.

20 Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem. Antes, ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu".

21 Naquele momento, Jesus exultou no Espírito Santo e disse: "Eu te louvo, Pai,  Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas  aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado.

 

22 Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho,  a não ser o Pai; e ninguém conhece quem é o Pai,  a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar".

23 Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: "Felizes os olhos que veem o que vós vedes!

24 Pois eu vos digo  que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir". Palavra da Salvação.

 

Santo do Dia

S. Francisco de Assis, fundador da Ordem franciscana, Padroeiro da Itália
S. Francisco de Assis, fundador da Ordem franciscana, Padroeiro da Itália
É um dos santos mais amados. Recordado em 4 de outubro, há 800 anos São Francisco de Assis é um farol para a Igreja pela sua plena adesão ao Evangelho, que lhe conferiu o nome de “alter Christus”: a escolha da pobreza para encontrar o Senhor, o amor a Deus Pai e aos irmãos, o respeito pela criação.  

Um jovem com grandes aspirações

Pequeno de estatura, de caráter extrovertido, Francisco sempre nutriu no coração o desejo de realizar grandes empreendimentos; isto o induziu, com a idade de vinte anos, a partir, primeiro para a guerra entre Assis e Perugia e, depois, para a Cruzada. Filho de um rico mercante de tecidos, Pedro de Bernardone, e de uma mulher nobre provençal, Pica, nasceu em 1182 e cresceu entre a opulência da família e a vida mundana. Ao retorno da dura experiência bélica, doente e abalado, foi irreconhecível por todos. Alguma coisa, além da experiência no conflito, havia afetado profundamente a sua alma.

Um encontro perturbante e a pergunta: servir ao servo ou ao Senhor?

Ele jamais havia se esquecido das palavras recebidas em sonho, em Espoleto: “Por que te inquietas em buscar o servo em vez do Senhor?”. A sua existência tomou um novo rumo, guiado pelo constante desejo de saber para que Deus o chamasse. Oração e contemplação, no silêncio dos campos da Úmbria, levaram-no a abraçar como irmãos os leprosos e os desprezados, contra os quais sempre sentia sempre aversão e repugnância.

São Damião: “Francisco, vai e restaura a minha Igreja em ruína”.

A voz que ouviu em Espoleto voltou a ressoar no silêncio da oração diante de um crucifixo bizantino na igrejinha abandonada de São Damião: “Francisco, vai e restaura a minha Igreja, que como vês, está em ruína”. Aquela admoestação, antes entendida como convite a reconstruir pedra por pedra a ruína da capelinha, com os anos revelou ao jovem seu pleno significado. Ele era chamado a “coisas maiores”: “renovar”, em espírito de obediência, a Igreja que, na época, era investida por divisões e heresias.

Esposo da senhora Pobreza

A irreprimível alegria, brotada pelo sentir-se amado e chamado pelo Pai, aumentou no jovem o desejo de viver de Providência e, em prol do Evangelho, decidiu deixar seus bens aos pobres. Era irreparável a divergência criada com o pai, Pedro de Bernardone. Este o denunciou publicamente; então, o filho declarou seu íntimo desejo de casar com a senhora Pobreza, despojando-se das suas vestes diante do Bispo Guido.

A primeira comunidade de frades. O Papa aprova a Regra

Numerosos companheiros uniram-se a Francisco, que, como ele, queriam viver o Evangelho ao pé da letra, em pobreza, castidade e obediência. Em 1209, o primeiro núcleo de “frades” foi a Roma encontrar-se com o Papa Inocêncio III, que, impressionado por “aquele pequeno jovem de olhos ardentes”, aprovou a Regra, depois confirmada definitivamente, em 1223, por Honório III.

As Clarissas e a Ordem Terceira

Também Clara, uma nobre de Assis, foi atraída pelo carisma de Francisco. Ele a acolheu e deu início à segunda Ordem Franciscana “as pobres damas”, depois conhecidas como Clarissas. A seguir, fundou uma Terceira Ordem para os leigos.

Francisco, “Alter Christus”

O amor ardente por Cristo, expresso graciosamente com a representação do primeiro Presépio vivo, em Greccio, no Natal de 1223, levou o pobrezinho a conformar-se com Jesus e a receber, como primeiro santo da história, o sigilo dos estigmas. O “Jogral de Deus” foi testemunha da alegria da fé, aproximando do Evangelho também os não crentes e até capturando a atenção do Sultão, que o acolheu com honras na Terra Santa.

A vida de Francisco, Louvor ao Criador

A vida de Francisco foi um constante hino de louvor ao Criador. O “Cântico do Irmão Sol”, primeira obra-prima poética da literatura italiana, - escrita quando Francisco estava enfraquecido pela doença, - é expressão da liberdade de uma alma reconciliada com Deus, em Cristo. O Santo vai ao encontro de Jesus com alegria, quando a “irmã morte” o vem visitar: era a tarde de 3 de outubro de 1226.

O espírito de Assis, inspirador de fé e fraternidade

Francisco morreu, com 44 anos, no piso rude da Porciúncula, lugar onde recebeu o dom da “indulgência do Perdão”. Sua canonização ocorreu dois anos depois. O espírito de Francisco continua a inspirar muitos à obediência à Igreja, à promoção do diálogo entre todos, na verdade, na caridade e na tutela da Criação.

Versículo do Dia

Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. (Mt 5,3)

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