Liturgia do dia 30 de setembro de 2025

São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja

  • Reading 1 : Zechariah 8:20-23
  • Responsorial Psalm : Psalm 87:1b-3, 4-5, 6-7
  • Alleluia : Mark 10:45
  • Gospel : Luke 9:51-56
  • Cor Litúrgica: Branco
  • Memória

Evangelho e leituras de hoje - 30 de setembro de 2025

A Liturgia do Dia é um presente diário da Igreja para nutrir nossa fé e orientar nossa vida espiritual. Por meio das leituras — Primeira Leitura, Salmo, Segunda Leitura (aos domingos) e Evangelho — ouvimos a voz viva de Deus que continua a falar ao Seu povo.

Essas palavras não são apenas memórias do passado, mas luz para o presente, capazes de transformar corações e renovar esperanças. Ao meditarmos a Liturgia, unimo-nos à Igreja no mundo inteiro e permitimos que o Espírito Santo aja em nós.

É um convite diário à conversão, à escuta e à fidelidade. Que a Palavra de Deus ilumine e conduza nosso caminho todos os dias.

Primeira Leitura

Zc 8,20-23

Virão muitos povos e nações fortes
visitar o Senhor em Jerusalém.

Leitura da Profecia de Zacarias 8,20-23

20 Isto diz o Senhor dos exércitos: "Virão ainda povos e habitantes de cidades grandes,

21 dizendo os habitantes  de uma para os de outra cidade: 'Vamos orar na presença do Senhor, vamos visitar o Senhor dos exércitos; eu irei também'.

22 Virão muitos povos e nações fortes visitar o Senhor dos exércitos e orar na presença do Senhor".

23 Isto diz o Senhor dos exércitos: "Naqueles dias, dez homens de todas as línguas faladas entre as nações vão segurar pelas bordas da roupa um homem de Judá, dizendo: 'Nós iremos convosco; porque ouvimos dizer que Deus está convosco'". Palavra do Senhor.

 

Salmo responsorial

Sl 86(87),1-3.4-5.6-7 (R. Zc 8,23)

R. Nós temos ouvido que Deus está convosco.
 

1 O Senhor ama a cidade * que fundou no Monte santo;

2 ama as portas de Sião * mais que as casas de Jacó.

3 Dizem coisas gloriosas * da Cidade do Senhor.  R.

 

4 Lembro o Egito e Babilônia * entre os meus veneradores. Na Filisteia ou em Tiro † ou no país da Etiópia, * este ou aquele ali nasceu.

5 De Sião, porém, se diz: † "Nasceu nela todo homem; * Deus é sua segurança".  R.

 

6 Deus anota no seu livro, † onde inscreve os povos todos: * "Foi ali que estes nasceram".

7 E por isso todos juntos * a cantar se alegrarão; e, dançando, exclamarão: * "Estão em ti as nossas fontes!"  R.

 

Aclamação ao Evangelho

R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Veio o Filho do Homem, a fim de servir 
    e dar sua vida em resgate por muitos.

Evangelho

Lc 9,51-56

Ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 9,51-56
 

51 Estava chegando o tempo  de Jesus ser levado para o céu. Então ele tomou a firme decisão  de partir para Jerusalém

52 e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram num povoado de samaritanos, para preparar hospedagem para Jesus.

53 Mas os samaritanos não o receberam, pois Jesus dava a impressão de que ia a Jerusalém.

54 Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram: "Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los?"

55 Jesus, porém, voltou-se e repreendeu-os.

56 E partiram para outro povoado. Palavra da Salvação.

 

Santo do Dia

S. Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja
S. Jerônimo,  presbítero e doutor da Igreja
Jerônimo, um dos Padres da Igreja Ocidental, dedicou toda a sua vida ao estudo das Escrituras, colocando em prática a Palavra de Deus. Asceta e literato, prestava serviço ao Papa São Dâmaso. Traduziu a Bíblia para o latim, a partir dos textos originais. Faleceu em 30 de setembro do ano 420.  

O nome completo deste Santo é Sofrônio Eusébio Jerônimo. Sua cidade natal é Estridão, atual Croácia. Não se sabe a data exata do seu nascimento, mas deve ser por volta de 347. De família cristã e rica, Jerônimo recebeu uma sólida educação e, ajudado pelos seus pais, completou os estudos em Roma. Ali, deu-se à vida mundana, deixando-se levar pelos prazeres. Porém, logo se arrependeu, recebeu o Batismo e seguiu a vida contemplativa. Transferiu-se para Aquileia, onde passou a fazer parte de uma comunidade de ascetas. Algum tempo depois, deixou a comunidade, decepcionado pelas inimizades surgidas naquele ambiente. Partiu para o Oriente, deteve-se em Tréveris, retornou a Estridão e partiu novamente. Permaneceu alguns anos em Antioquia, onde aperfeiçoou seus conhecimentos em língua grega; depois, se retirou como eremita para o deserto de Cálcis, ao sul de Alepo. Por quatro anos, dedicou-se totalmente ao estudo, aprendeu o hebraico e transcreveu os códigos e escritos dos Padres da Igreja. Foram anos de meditação, solidão e intensa leitura da Palavra de Deus, que o levaram a refletir sobre a disparidade entre a mentalidade pagã e a vida cristã. Decepcionado pelas diatribes dos anacoretas, provocadas pela doutrina ariana, retornou a Antioquia, onde foi ordenado sacerdote, em 379. A seguir, mudou-se para Constantinopla, onde continuou a estudar grego, sob a orientação de São Gregório Nazianzeno.

Secretário pessoal do Papa Dâmaso

Em 382, Jerônimo foi a Roma para participar de um encontro, convocado pelo Papa Dâmaso, sobre o cisma de Antioquia. Conhecido pela sua fama de asceta e erudito, o Pontífice o escolheu como Secretário pessoal e Conselheiro. Assim, o convidou para fazer uma nova tradução dos textos bíblicos em latim. Na Urbe, Jerônimo também criou um círculo bíblico, do qual participaram matronas da nobreza romana, que queriam aprofundar o estudo das Escrituras, desejosas de seguir o caminho da perfeição cristã e praticar a Palavra de Deus. Por isso, escolheram Jerônimo como mestre e diretor espiritual. Porém, seu rigor moral não era compartilhado pelo clero e suas regras, sugeridas às suas discípulas, eram consideradas muito severas. Jerônimo não era bem visto por muitos, por causa da sua divergência e temperamento agressivo, como também por condenar vícios e hipocrisias; muitas vezes, era até polêmico com sábios e eruditos. Por isso, depois da morte do Papa Dâmaso, decidiu voltar para o Oriente. Em agosto de 385, embarcou em Óstia com destino à Terra Santa, acompanhado por alguns de seus monges e um grupo de seguidores, inclusive a nobre Paula com sua filha Eustóquia. Começou, assim, sua peregrinação, que o levou ao Egito e, depois, a Belém, onde abriu uma escola, oferecendo seus ensinamentos gratuitamente. Graças à generosidade de Paula, foram construídos dois mosteiros, um masculino e um feminino, e uma hospedagem para viajantes, que visitavam os lugares santos.

Retiro em Belém

Jerônimo passou o resto da sua vida em Belém, onde sempre se dedicou à Palavra de Deus, à defesa da fé, ao ensino da cultura clássica e cristã e ao acolhimento dos peregrinos. Faleceu em sua cela, nas proximidades da Gruta da Natividade, em 30 de setembro, provavelmente no ano 420. Este santo homem, impetuoso e, muitas vezes, polêmico e divergente, era odiado, mas também muito querido. Não era fácil dialogar com ele, porém deu uma contribuição ao Cristianismo, com seu testemunho de vida e seus numerosos escritos. Com efeito, deve-se a ele a primeira tradução da Bíblia para o latim, chamada Vulgata: traduziu os Evangelhos do grego e o Antigo Testamento do hebraico; ainda hoje, a Vulgata, embora revisada, é o texto oficial da Igreja de língua latina. A Palavra de Deus, que ele tanto estudou e interpretou, também foi “vivida concretamente”, disse Bento XVI, que dedicou duas catequeses a Jerônimo, nas Audiências gerais de 7 e 14 de novembro de 2007.

Seus ensinamentos e obras

“O que podemos aprender de São Jerônimo? Parece-me, sobretudo, o seguinte: “Amar a Palavra de Deus na Sagrada Escritura; é importante, hoje, que os cristãos vivam em contato e em diálogo pessoal com a Palavra de Deus, que nos foi dada pela Sagrada Escritura... esta Palavra também constrói comunidades, que constituem a Igreja. Logo, devemos lê-la em comunhão com a Igreja viva”. São Jerônimo é um dos quatro Padres da Igreja Ocidental – além dos Santos Ambrósio, Agostinho e Gregório Magno -, proclamado Doutor da Igreja, em 1567, por Pio V. Ainda hoje, podemos contar com seus comentários, homilias, epístolas, tratados, obras historiográficas e hagiográficas, entre as quais sua famosa “De Viris Illustribus”: biografias de 135 autores, de maioria cristã, mas também de judeus e pagãos; isso demonstra quanto a cultura cristã era “uma verdadeira cultura, digna de ser comparada com a clássica”. Não podemos esquecer também a sua obra “Chronicon” – uma tradução e reelaboração em latim daquela obra do grego, perdida por Eusébio de Cesareia – sobre a narração da história universal, entre dados reais e mitos, desde o nascimento de Abraão até o ano 325. Enfim, suas muitas Epístolas, ricas de ensinamentos e cuidadosos conselhos, que revelam sua profunda espiritualidade.

S. Simão, conde de Crépy
Simão, conde de Crépy, renunciou às suas riquezas e matrimônio para dedicar-se à vida monacal; depois, no eremitério do Monte Jura, recebia muitos peregrinos, que buscavam ser iluminados pela sua sabedoria. Transferiu-se para Roma, onde morreu em 1082, sepultado na Basílica de São Pedro.  
S. Francisco de Borja, presbítero jesuíta
S. Francisco de Borja, presbítero jesuíta
Descendente da família Borja, Francisco nasceu em Gandia, Espanha, em 1510. Casado e pai de 8 filhos, foi vice-Rei da Catalunha, mas jamais descuidou da sua fé. Viúvo, deixou tudo e entrou para a Companhia de Jesus, da qual foi Comissário Geral. Fundou as Missões na América do Sul e morreu em 1572.  

Versículo do Dia

Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. (Mt 5,3)

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