Liturgia do dia 3 de junho de 2025

Santos Carlos Lwanga e Companheiros, mártires

  • Primeira Leitura: At 20,17-27
  • Salmo Responsorial: Sl 67(68),10-11.20-21 (R 33a)
  • Evangelho: Jo 17,1-11a
  • Cor Litúrgica: Branco
  • Memória

Evangelho e leituras de hoje - 3 de junho de 2025

A Liturgia do Dia é um presente diário da Igreja para nutrir nossa fé e orientar nossa vida espiritual. Por meio das leituras — Primeira Leitura, Salmo, Segunda Leitura (aos domingos) e Evangelho — ouvimos a voz viva de Deus que continua a falar ao Seu povo.

Essas palavras não são apenas memórias do passado, mas luz para o presente, capazes de transformar corações e renovar esperanças. Ao meditarmos a Liturgia, unimo-nos à Igreja no mundo inteiro e permitimos que o Espírito Santo aja em nós.

É um convite diário à conversão, à escuta e à fidelidade. Que a Palavra de Deus ilumine e conduza nosso caminho todos os dias.

Primeira Leitura

At 20,17-27

Contanto que eu leve a bom termo a minha carreira
e realize o serviço que recebi do Senhor Jesus.

Leitura dos Atos dos Apóstolos 20,17-27

 

  Naqueles dias,

17 De Mileto, Paulo mandou um recado a Éfeso, convocando os anciãos da Igreja.

18 Quando os anciãos chegaram, Paulo disse-lhes: "Vós bem sabeis de que modo me comportei em relação a vós, durante todo o tempo, desde o primeiro dia em que cheguei à Ásia.

19 Servi ao Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio das provações que sofri por causa das ciladas dos judeus.

20 Nunca deixei de anunciar aquilo que pudesse ser de proveito para vós, nem de vos ensinar publicamente e também de casa em casa.

21 Insisti, com judeus e gregos, para que se convertessem a Deus e acreditassem em Jesus nosso Senhor.

22 E agora, prisioneiro do Espírito, vou para Jerusalém sem saber o que aí me acontecerá.

23 Sei apenas que, de cidade em cidade, o Espírito Santo me adverte, dizendo que me aguardam cadeias e tribulações.

24 Mas, de modo nenhum, considero a minha vida preciosa para mim mesmo, contanto que eu leve a bom termo a minha carreira e realize o serviço que recebi do Senhor Jesus, ou seja, testemunhar o Evangelho da graça de Deus.

25 Agora, porém, tenho a certeza que vós não vereis mais o meu rosto, todos vós entre os quais passei anunciando o Reino.

26 Portanto, hoje dou testemunho diante de todos vós: eu não sou responsável se algum de vós se perder,

27 pois não deixei de vos anunciar todo o projeto de Deus a vosso respeito". Palavra do Senhor.

 

Salmo responsorial

Sl 67(68),10-11.20-21 (R 33a)
R. Reinos da terra, cantai ao Senhor.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia.

 

10 Derramastes lá do alto uma chuva generosa, * e vossa terra, vossa herança, já cansada, renovastes;

11 e ali vosso rebanho encontrou sua morada; * com carinho preparastes essa terra para o pobre.  R.


20 Bendito seja Deus, bendito seja cada dia, * o Deus da nossa salvação, que carrega os nossos fardos!

21 Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador; * o Senhor, só o Senhor, nos poderá livrar da morte!  R.

 

 

Aclamação ao Evangelho

R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Rogarei ao meu Pai
    e ele há de enviar-vos um outro Paráclito,
    que há de permanecer eternamente convosco.

Evangelho

Jo 17,1-11a

Pai, glorifica o teu Filho.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 17,1-11a
 

  Naquele tempo,

1 Jesus ergueu os olhos ao céu e disse: "Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho,  para que o teu Filho te glorifique a ti,

 

2 e, porque lhe deste poder sobre todo homem,  ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe confiaste.

3 Ora, a vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e àquele que tu enviaste, Jesus Cristo.

4 Eu te glorifiquei na terra e levei a termo a obra que me deste para fazer.

5 E agora, Pai, glorifica-me junto de ti, com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse.

6 Manifestei o teu nome aos homens que tu me deste do meio do mundo. Eram teus, e tu os confiaste a mim, e eles guardaram a tua palavra.

7 Agora eles sabem que tudo quanto me deste vem de ti,

8 pois dei-lhes as palavras que tu me deste, e eles as acolheram, e reconheceram verdadeiramente que eu saí de ti e acreditaram que tu me enviaste.

9 Eu te rogo por eles. Não te rogo pelo mundo,  mas por aqueles que me deste, porque são teus.

10 Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu. E eu sou glorificado neles.

11a Já não estou no mundo,  mas eles permanecem no mundo, enquanto eu vou para junto de ti". Palavra da Salvação.

 

Santo do Dia

SS. Carlos Lwanga e Companheiros, mártires de Uganda
SS. Carlos Lwanga e Companheiros, mártires de Uganda
Assassinados por ódio à fé, São Carlos Lwanga e seus Companheiros, católicos e anglicanos, são os mártires mais famosos de Uganda, vítimas das perseguições anticristãs no país, perpetradas no final do século XIX. São recordados pela Igreja no dia em que foram queimados vivos, na colina Namugongo.  

“Pegarei na tua mão. Se tivermos que morrer por Jesus, morreremos juntos, de mãos dadas": eis as últimas palavras pronunciadas por Carlo Lwanga e dirigidas ao jovem Kizito, que morreu com ele, com apenas 14 anos de idade, por ódio à fé. Seu martírio foi compartilhado com outros companheiros, católicos e anglicanos, vítimas das perseguições contra os cristãos, ocorridas em Uganda, no final do século XIX.

Encontro com os "Padres Brancos" e conversão ao cristianismo

A história destes santos mártires deu-se sob o reinado de Mwanga II, rei de Buganda (hoje parte de Uganda), entre novembro de 1885 e meados de 1886.
Carlos pertencia ao clã de Ngabi, mas foi atraído pelas palavras do Evangelho, proferidas e testemunhadas pelos Missionários da África, mais conhecidos como "Padres Brancos", fundados pelo Cardeal Lavigerie.
O jovem Lwanga converte-se ao cristianismo e, em 1885, foi convocado pelo tribunal para ser prefeito da Sala Real. Desde o início, tornou-se um ponto de referência para os outros, de modo particular, para os recém-convertidos, cuja fé apoiou e encorajou.

Início das perseguições

No início, o rei Mwanga – que também fora educado pelos "Padres Brancos", embora fosse muito teimoso e rebelde – acolheu Lwanga com benevolência.
Depois, instigado pelos feiticeiros locais, que viam o poder do rei comprometido pela força do Evangelho, Mwanga começou uma verdadeira e própria perseguição contra os cristãos, sobretudo por não cederam aos seus desejos dissolutos.
Em 25 de maio de 1886, Carlos Lwanga foi condenado à morte, junto com outros. No dia seguinte, começaram as primeiras execuções.

“Via Sacra” de oito dias

Para aumentar o sofrimento dos condenados, o soberano decidiu transferi-los para o Palácio Real de Munyonyo, em Namugongo, lugar das penas capitais: as 27 milhas, que separavam os dois lugares, se tornaram 27 milhas de uma verdadeira "Via Sacra". Ao longo do caminho, Carlos e seus Companheiros foram submetidos à violência dos soldados do rei, que tentavam, com todos os meios, fazer com que renunciassem à sua fé. Em oito dias de caminhada, muitos morreram transpassados pelas lanças, enforcados e até pregados em árvores.

Queimados vivos na colina Namugongo

No dia 3 de junho, os sobreviventes chegaram exaustos à colina Namugongo, onde deviam enfrentar uma fogueira. Carlos Lwanga e seus Companheiros, junto com alguns fiéis anglicanos, foram queimados vivos. Eles rezaram até o fim, sem gemer, dando prova luminosa de uma fé fecunda. Um deles, Bruno Ssrerunkuma, disse, antes de expirar: “Uma fonte, que tem muitas fontes, jamais secará. Quando nós não existirmos mais, outros virão depois de nós".

Canonizado por Paulo VI, em 1964

Em 1920, Bento XV proclamou a Beatificação destes mártires. Quatorze anos depois, em 1934, Pio XI elevou Carlos Lwanga "Padroeiro da Juventude da África cristã". Por fim, Paulo VI canonizou todo o grupo, em 18 de outubro de 1964, durante o Concílio Vaticano II. O mesmo Papa Montini, quando da sua viagem a Uganda, em 1969, consagrou o altar-mor do Santuário de Namugongo, construído no lugar do martírio. A forma da igreja, que lá surgiu, se parece com uma cabana africana tradicional, apoiada em 22 pilares, que representam os 22 mártires católicos ugandenses.

Papa Francisco: "Testemunhas do ecumenismo do sangue"

Em 28 de novembro de 2015, durante sua XI Viagem Apostólica a Uganda, o Papa Francisco celebrou Missa no mesmo Santuário, após visitar a vizinha igreja Anglicana, também dedicada aos mártires do país.
Em sua homilia, o Papa disse: “Hoje, recordamos com gratidão o sacrifício dos Mártires ugandenses, cujo testemunho de amor a Cristo e à sua Igreja atingiu até os confins da terra; recordamos também lembramos os Mártires anglicanos, cuja morte por Cristo testemunha o ecumenismo do sangue... vidas assinaladas pelo poder do Espírito Santo; vidas que, ainda hoje, dão testemunho do poder transformador do Evangelho de Jesus Cristo".

S. Clotilde, rainha da França
Nascida em Lyon, em 474, casou-se com Clóvis, rei dos Francos. O soberano, que era pagão, permitiu-lhe batizar seus cinco filhos, que, com a sua morte, brigaram pela sua sucessão. Clotilde retirou-se para Tour, cidade de São Martinho, onde se dedicou às obras de caridade e orações por seus filhos.  

Versículo do Dia

Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. (Mt 5,3)

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