Liturgia do dia 27 de setembro de 2025

São Vicente de Paulo, presbítero

  • Reading 1 : Zechariah 2:5-9, 14-15a
  • Responsorial Psalm : Jeremiah 31:10, 11-12ab, 13
  • Alleluia : See 2 Timothy 1:10
  • Gospel : Luke 9:43b-45
  • Cor Litúrgica: Branco
  • Memória

Evangelho e leituras de hoje - 27 de setembro de 2025

A Liturgia do Dia é um presente diário da Igreja para nutrir nossa fé e orientar nossa vida espiritual. Por meio das leituras — Primeira Leitura, Salmo, Segunda Leitura (aos domingos) e Evangelho — ouvimos a voz viva de Deus que continua a falar ao Seu povo.

Essas palavras não são apenas memórias do passado, mas luz para o presente, capazes de transformar corações e renovar esperanças. Ao meditarmos a Liturgia, unimo-nos à Igreja no mundo inteiro e permitimos que o Espírito Santo aja em nós.

É um convite diário à conversão, à escuta e à fidelidade. Que a Palavra de Deus ilumine e conduza nosso caminho todos os dias.

Primeira Leitura

Zc 2,5-9.14-15a

Eis que venho para habitar no meio de ti.

Leitura da Profecia de Zacarias 2,5-9.14-15a

5 Levantei os olhos e eis que vi um homem com um cordel de medir na mão.

6 Perguntei-lhe:  "Aonde vais?" Respondeu-me:  "Vou medir Jerusalém, para ver qual é a sua largura  e o seu comprimento".

7 Eis que apareceu o anjo que falava em mim, enquanto lhe vinha ao encontro um outro anjo,

8 que lhe disse: "Corre a falar com esse moço, dizendo: A população de Jerusalém precisa ficar sem muralha, em vista da multidão de homens e animais que vivem no seu interior.

9 Eu serei para ela, diz o Senhor, muralha de fogo ao seu redor, e mostrarei minha glória no meio dela.

14 Rejubila, alegra-te, cidade de Sião, eis que venho para habitar no meio de ti, diz o Senhor.

15a Muitas nações se aproximarão do Senhor,  naquele dia, e serão o seu povo. Habitarei no meio de ti". Palavra do Senhor.

 

Salmo responsorial

Jr 31,10.11-12ab.13 (R. 10d)

R. O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.
 

10 Ouvi, nações, a palavra do Senhor * e anunciai-a nas ilhas mais distantes: "Quem dispersou Israel, vai congregá-lo, * e o guardará qual pastor a seu rebanho!"  R.

 

11 Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó * e o libertou do poder do prepotente.

12a Voltarão para o monte de Sião, † entre brados e cantos de alegria *

   b afluirão para as bênçãos do Senhor:  R.

 

13 Então a virgem dançará alegremente, * também o jovem e o velho exultarão; mudarei em alegria o seu luto, * serei consolo e conforto após a guerra.  R.

 

Aclamação ao Evangelho

R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Jesus Cristo Salvador destruiu o mal e a morte; 
    fez brilhar pelo Evangelho a luz e a vida imperecíveis.

Evangelho

Lc 9,43b-45

O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens.
Eles tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 9,43b-45
 

  Naquele tempo,

43b Todos estavam admirados com todas as coisas que Jesus fazia. Então Jesus disse a seus discípulos:

44 "Prestai bem atenção às palavras que vou dizer: O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens".

45 Mas os discípulos não compreendiam o que Jesus dizia. O sentido lhes ficava escondido, de modo que não podiam entender; e eles tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto. Palavra da Salvação.

 

Santo do Dia

S. Vicente de Paulo, sacerdote, fundador da Congregação da Missão e das Filhas da Caridade, Padroeiro de todas as Associações de Caridade
S. Vicente de Paulo, sacerdote, fundador da Congregação da Missão e das Filhas da Caridade, Padroeiro de todas as Associações de Caridade
De origens humildes, Vicente tornou-se sacerdote aos 19 anos, apenas como meio de se estabilizar. Porém, mantendo contato com os pobres, decidiu dedicar a sua vida à caridade ativa: fundou as Damas, depois, Filhas da Caridade, e cuidou da formação do clero. Faleceu em 1600 e foi canonizado em 1737.  

“Meus irmãos, amemos a Deus, custe o que custar, com a fadiga dos nossos braços e o suor do nosso rosto”.
Vicente de Paulo nasceu, em 1581, em uma pequena cidade da Gasconha, região da França, no seio de uma família de camponeses. Embora tenha transcorrido a sua adolescência no campo, a sua perspicácia foi percebida por um benfeitor, que lhe ofereceu a oportunidade de estudar, tanto que, em 1600, com apenas 19 anos, foi ordenado sacerdote, mas obteve o diploma em teologia somente em 1604. Abriu uma escola particular, mas teve muitos gastos. Além disso, durante uma viagem marítima de Marselha a Narbonne, seu navio foi atacado por piratas: Vicente foi preso e vendido como escravo em Túnis. Ao receber sua alforria, dois anos depois, voltou para França, graças ao seu terceiro patrão, que, no entanto, se converteu ao cristianismo.

De mestre dos ricos a pároco dos pobres

Finalmente, em 1612, tornou-se pároco de uma igreja em Clichy, na periferia de Paris. No entanto, conheceu o Cardeal Pierre de Bérulle, que foi seu diretor espiritual, por muito tempo. Assim, começou suas atividades como catequista, mas, no ano seguinte, foi encarregado da formação dos filhos dos Marqueses de Gondi, onde permaneceu quatro anos. Ali, Vicente percebeu, pela primeira vez, o enorme abismo entre ricos e pobres, não só do ponto de vista material e social, mas também cultural e moral. Sua preocupação com a pobreza foi compartilhada pela Marquesa Gondi, que colocou uma grande quantidade de dinheiro à sua disposição, para que fosse instituída uma obra de pregação quinquenal entre os camponeses das suas terras. Contudo, não podendo contar com a ajuda de outros padres para esta missão, Vicente desistiu, deixando, temporariamente, o castelo para ir trabalhar em uma pequena paróquia na periferia de Châtillon-le-Dombez. Ali, em contato direto com a miséria dos camponeses, ficou mais chocado ainda com a situação.

A “descoberta” da Caridade, que mobiliza o mundo

A primeira coisa, que Vicente fez como pároco, foi cuidar de uma família doente, que não tinha o que comer. Por isso, promoveu uma rede promissora de solidariedade entre os paroquianos. Porém, percebeu que, quando o dinheiro acabasse, a família voltaria à sua indigência de antes. Daí, buscou outro meio, mais eficiente e em longo prazo, para ajudar esta e outras famílias necessitadas da região. Assim, em 20 de agosto de 1617, nasceu a primeira célula da Caridade Vicentina, que foi confiada, segundo os ditames da sociedade, às mulheres, que foram chamadas “Servas dos Pobres”. A instituição cresceu de modo extraordinário, obtendo, em tempo recorde, a aprovação do Bispo de Lyon. Vicente notou que a mobilizar todas as coisas era o amor; por isso, dedicou-se a ela de alma e corpo, transmitindo aos demais pelo menos um pouco daquele amor, com o qual se sentia profundamente amado por Deus.

Damas e Filhas: famílias da Caridade

Vicente voltou ao castelo de Gondi, mas, desta vez, só para tratar da promoção humana e material dos camponeses. Depois, transferiu-se para Paris, porque é nas grandes metrópoles que as diferenças sociais, entre quem tem tudo e quem não tem nada, são maiores: sentiu que era ali que devia intervir. Na capital, muitas senhoras nobres, ansiosas de fazer beneficência, quiseram contribuir, financeiramente, para suas obras de "Monsieur Vincent": assim, em 1617, nasceram as Damas da Caridade, entre as quais se encontrava também a futura rainha da Polônia. A obra mais importante que conseguiram realizar foi a abertura de um hospital municipal. Porém, as senhoras não davam conta, seja pelo seu número seja pela sua posição social, para atender às necessidades mais humildes. Por isso, em 1633, Vicente fundou uma Congregação feminina, inovadora para a época: as Filhas da Caridade, que não seriam "monjas", distantes do mundo e dedicadas à contemplação, mas "freiras", irmãs dos últimos, que vivem ao lado deles no mundo e deles cuidam diariamente. Enfim, pela primeira vez, também as mulheres consagradas participam do apostolado ativo. Ainda hoje, as Filhas da Caridade são a maior família religiosa feminina da Igreja.

Formação do clero e os "Lazaristas"

A obra incessante de Vicente não se limitou apenas à comunidade das Irmãs, mas começou a pregar a Palavra de Deus nas aldeias, onde muitos sacerdotes se uniram ele. Assim, nasceu uma nova comunidade, que contava com a ajuda financeira da família Gondi: a Congregação da Missão, mais tarde conhecida como Lazaristas, cuja sede foi o convento de São Lázaro. Entre as suas regras, destacavam-se a necessidade da vida em comum, a renúncia aos cargos eclesiásticos mais cobiçados, a assistência espiritual aos galeotes e o ensino do catecismo. Contudo, Vicente percebeu que, muitas vezes, a ignorância dos camponeses estava associada à pouca preparação dos sacerdotes, que deveriam cuidar deles, Por isso, comprometeu-se também com a formação do clero, promovendo exercícios espirituais e animando os "encontros das terças-feiras", nos quais os sacerdotes transmitiam suas experiências apostólicas e encaminhavam suas vocações à santidade.

“Regulae” de Monsieur Vincent

Vicente de Paulo faleceu em Paris, em 27 de setembro de 1660, com a idade de 79 anos, sem deixar nenhuma obra escrita. A sua única obra ou a sua obra-prima foi a Caridade: uma caridade, o verdadeiro amor, que não fazia distinção entre o de Deus e o ao próximo. A espiritualidade vicentina, fundada na dupla descoberta de Cristo e dos pobres, na igualdade entre a oração e ação, no compromisso com o mundo e para o mundo, concretiza-se com a evangelização e a promoção humana. Seus Filhos religiosos, portanto, se inspiram apenas nas "Regulae", que encarnam as características do espírito vicentino: simplicidade, humildade, mansidão, mortificação e zelo pela salvação das almas. São Vicente de Paulo foi canonizado por Clemente XII, em 1737, enquanto, em 1885, o Papa Leão XIII o proclamou padroeiro de todas as Associações católicas de caridade.

SS. Adolfo e João, mártires em Córdova
Naturais de Sevilha, os irmãos Adolfo e João eram filhos de um nobre muçulmano e de uma mulher cristã. Professaram sua fé em Córdova, onde foram martirizados, em 824, durante a perseguição dos Mouros, e, depois, enterrados na igreja de São Cipriano. A mãe, por sua vez, se trancou em um mosteiro.  

Versículo do Dia

Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. (Mt 5,3)

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