Quarta-Feira da Semana XII do Tempo Comum
- Primeira Leitura: Gn 15,1-12.17-18
- Salmo Responsorial: Sl 104(105),1-2.3-4.6-7.8-9 (R. 8a)
- Evangelho: Mt 7,15-20
- Cor Litúrgica: Verde
Evangelho e leituras de hoje - 25 de junho de 2025
A Liturgia do Dia é um presente diário da Igreja para nutrir nossa fé e orientar nossa vida espiritual. Por meio das leituras — Primeira Leitura, Salmo, Segunda Leitura (aos domingos) e Evangelho — ouvimos a voz viva de Deus que continua a falar ao Seu povo.
Essas palavras não são apenas memórias do passado, mas luz para o presente, capazes de transformar corações e renovar esperanças. Ao meditarmos a Liturgia, unimo-nos à Igreja no mundo inteiro e permitimos que o Espírito Santo aja em nós.
É um convite diário à conversão, à escuta e à fidelidade. Que a Palavra de Deus ilumine e conduza nosso caminho todos os dias.
Primeira Leitura
Abrão teve fé no Senhor,
que considerou isso como justiça;
e o Senhor fez aliança com Abrão.
Leitura do Livro do Gênesis 15,1-12.17-18
Naqueles dias,
1 o Senhor falou a Abrão, dizendo: "Não temas, Abrão! Eu sou o teu protetor e tua recompensa será muito grande".
2 Abrão respondeu: "Senhor Deus, que me darás? Eu me vou desta vida sem filhos e o herdeiro de minha casa será Eliezer de Damasco".
3 E acrescentou: "Como não me deste descendência, um servo nascido em minha casa será meu herdeiro".
4 Então o Senhor falou-lhe nestes termos: "O teu herdeiro não será esse, mas um dos teus descendentes é que será o herdeiro".
5 E, conduzindo-o para fora, disse-lhe: "Olha para o céu e conta as estrelas, se fores capaz!" E acrescentou: "Assim será a tua descendência".
6 Abrão teve fé no Senhor, que considerou isso como justiça.
7 E lhe disse: "Eu sou o Senhor que te fez sair de Ur dos Caldeus, para te dar em possessão esta terra".
8 Abrão lhe perguntou: "Senhor Deus, como poderei saber que vou possuí-la?"
9 E o Senhor lhe disse: "Traze-me uma novilha de três anos, uma cabra de três anos, um carneiro de três anos, além de uma rola e de uma pombinha".
10 Abrão trouxe tudo e dividiu os animais pelo meio, mas não as aves, colocando as respectivas partes uma frente à outra.
11 Aves de rapina se precipitaram sobre os cadáveres, mas Abrão as enxotou.
12 Quando o sol já se ia pondo, caiu um sono profundo sobre Abrão e ele foi tomado de grande e misterioso terror.
17 Quando o sol se pôs e escureceu, apareceu um braseiro fumegante e uma tocha de fogo, que passaram por entre os animais divididos.
18 Naquele dia o Senhor fez aliança com Abrão, dizendo: "Aos teus descendentes darei esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio, o Eufrates". Palavra do Senhor.
Salmo responsorial
R. O Senhor se lembra sempre da Aliança.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia.
1 Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, * anunciai entre as nações seus grandes feitos!
2 Cantai, entoai salmos para ele, * publicai todas as suas maravilhas! R.
3 Gloriai-vos em seu nome que é santo, * exulte o coração que busca a Deus!
4 Procurai o Senhor Deus e seu poder, * buscai constantemente a sua face! R.
6 Descendentes de Abraão, seu servidor, * e filhos de Jacó, seu escolhido,
7 ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, * vigoram suas leis em toda a terra. R.
8 Ele sempre se recorda da Aliança, * promulgada a incontáveis gerações;
9 da Aliança que ele fez com Abraão, * e do seu santo juramento a Isaac. R.
Aclamação ao Evangelho
V. Ficai em mim e eu em vós ficarei, diz Jesus;
Evangelho
Pelos seus frutos vós os conhecereis.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 7,15-20
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
15 "Cuidado com os falsos profetas: Eles vêm até vós vestidos com peles de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes.
16 Vós os conhecereis pelos seus frutos. Por acaso se colhem uvas de espinheiros ou figos de urtigas?
17 Assim, toda árvore boa produz frutos bons, e toda árvore má, produz frutos maus.
18 Uma árvore boa não pode dar frutos maus, nem uma árvore má pode produzir frutos bons.
19 Toda árvore que não dá bons frutos é cortada e jogada no fogo.
20 Portanto, pelos seus frutos vós os conhecereis". Palavra da Salvação.
Santo do Dia

Guilherme tinha os pés torturados de tanto andar. Seu destino era Santiago de Compostela e, depois, um dia, a Terra Santa. Às vezes, 14 anos são suficientes para escolher a vida que se quer viver, renunciado àquela que se tem. Assim foi Guilherme, um adolescente de Vercelli.
Com 14 anos, fez uma coisa semelhante àquela que Francesco faria em Assis, mais de cem anos depois. Deixou a vida opulenta riqueza da sua família, renunciou ao título nobiliário, vestiu um saio rude e partiu descalço e sozinho.
Compostela torna-se uma etapa obrigatória de peregrinação para o homem do primeiro Milênio. Por volta do ano 1099, Guilherme partiu para o Santuário espanhol: fez cinco anos de caminhada, de pão e água, de cilício, dormindo no chão, de colóquio íntimo com Deus e de ardente anúncio do Evangelho ao longo do caminho.
Meta impensável
A outra etapa de qualquer peregrinação, na época, era a Terra de Jesus. Então, Guilherme voltou para a Itália com o objetivo de partir para Jerusalém. Porém, o homem que planeja se defronta com as surpresas de Deus.
O jovem encaminhou-se para o sul da Itália em busca de um navio. Mas, nas proximidades de Brindes, foi agredido por alguns ladrões. Naquele pobre peregrino nada havia roubar; decepcionados, a agressão se transformou em violência. Guilherme foi espancado e obrigado a interromper sua viagem. Ao recuperar suas forças, encontrou-se com João de Matera, o futuro santo, que havia conhecido antes, que lhe disse, com decisão, que, por detrás da agressão sofrida, poderia estar oculto um sinal maior: dedicar a sua missão de apóstolo na Itália.
Guilherme refletiu e se convenceu e, em 1118, volta novamente para Irpínia, aos pés do Montevergine, que o escala até encontrar uma pequena bacia, onde se deteve. Ali, o peregrino se tornou eremita.
Os monges de Montevergine
O eremita pensava ser feito para a solidão, mas a solidão não era feita para ele: sua fama de homem de Deus se espalhou rápido como o vento gelado que penetrava nos bosques do Monte Partênio. Dezenas de pessoas chegavam ao lugar onde se encontrava a cela do monge Guilherme.
Assim, o eremita torna-se abade. Foram poucas as Regras escritas, ditadas e mostradas com seu exemplo: penitência rigorosa, oração, prática da caridade com os pobres.
Este foi o broto da sua Congregação dedicada a Maria, oficialmente reconhecida em 1126. No entanto, os pés do eremita queimavam.
Certo dia, o Santo peregrino confiou a um discípulo a recém-nascida Abadia de Montevergine e retomou sua estrada, indo de Irpínia a Sânio, da Lucânia à Apúlia e Sicília.
Os príncipes normandos e as pessoas paupérrimas, que o encontravam, permaneciam fascinados.
Em sua história, fala-se de sinais milagrosos, entre os quais o mais conhecido era o do lobo que dilacerou o burro de carga de Guilherme. Então o monge o "obrigou" a se transformar em um animal de carga, com perfeita mansidão.
Padroeiro da Irpínia
A abadia de Montevergine prosperou, graças às contínuas doações conspícuas. Entre os amigos reinantes, mas, sobretudo, sinceros de Guilherme, destaca-se Rogério II, um rei normando. Foi ele quem visitou, pela última vez, o peregrino, que se tornou eremita e abade, debilitado e quase sem força.
Em 1142, São Guilherme entregou seu espírito em um de seus mosteiros da Irpínia, em Goleto.
800 anos depois da sua morte, em 1942, Pio XII o proclamou Padroeiro principal da Irpínia.