Quinta-Feira da Semana XVI do Tempo Comum
- Primeira Leitura: Ex 19,1-2.9-11.16-20b
- Salmo Responsorial: Dn 3,52.53-54.55.56-57 (R. 52b)
- Evangelho: Mt 13,10-17
- Cor Litúrgica: Verde
Evangelho e leituras de hoje - 24 de julho de 2025
A Liturgia do Dia é um presente diário da Igreja para nutrir nossa fé e orientar nossa vida espiritual. Por meio das leituras — Primeira Leitura, Salmo, Segunda Leitura (aos domingos) e Evangelho — ouvimos a voz viva de Deus que continua a falar ao Seu povo.
Essas palavras não são apenas memórias do passado, mas luz para o presente, capazes de transformar corações e renovar esperanças. Ao meditarmos a Liturgia, unimo-nos à Igreja no mundo inteiro e permitimos que o Espírito Santo aja em nós.
É um convite diário à conversão, à escuta e à fidelidade. Que a Palavra de Deus ilumine e conduza nosso caminho todos os dias.
Primeira Leitura
O Senhor descerá diante de todo o povo
sobre a montanha do Sinai.
Leitura do Livro do Êxodo 19,1-2.9-11.16-20b
1 No dia em que se cumpriam três meses da saída do Egito, Israel chegou ao deserto do Sinai.
2 Partindo de Rafidim, chegaram ao deserto do Sinai, onde acamparam. Israel armou ali suas tendas, defronte da montanha.
9 E o Senhor falou a Moisés: "Virei a ti numa nuvem escura, para que o povo ouça quando falar contigo, e creia sempre em ti".
10 Tendo Moisés transmitido ao Senhor as palavras do povo, O Senhor lhe disse: "Vai ao povo e santifica-os hoje e amanhã. Eles devem lavar as suas vestes,
11 e estar prontos para o terceiro dia, pois nesse dia o Senhor descerá diante de todo o povo sobre a montanha do Sinai".
16 Quando chegou o terceiro dia, ao raiar da manhã, houve trovões e relâmpagos. Uma nuvem espessa cobriu a montanha, e um fortíssimo som de trombetas se fez ouvir. No acampamento o povo se pôs a tremer.
17 Moisés fez o povo sair do acampamento ao encontro de Deus, e eles pararam ao pé da montanha.
18 Todo o monte Sinai fumegava, pois o Senhor descera sobre ele em meio ao fogo. A fumaça subia como de uma fornalha, e todo o monte tremia violentamente.
19 O som da trombeta ia aumentando cada vez mais. Moisés falava e o Senhor lhe respondia através do trovão.
20b O Senhor desceu sobre o monte Sinai e chamou Moisés ao cume do monte. E Moisés subiu. Palavra do Senhor.
Salmo responsorial
52 Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais.* A vós louvor, honra e glória eternamente! Sede bendito, nome santo e glorioso. A vós louvor, honra e glória eternamente! R.
53 No templo santo onde refulge a vossa glória. * A vós louvor, honra e glória eternamente!
54 E em vosso trono de poder vitorioso. A vós louvor, honra e glória eternamente! R.
55 Sede bendito, que sondais as profundezas* A vós louvor, honra e glória eternamente! e superior aos querubins vos assentais. A vós louvor, honra e glória eternamente! R.
56 Sede bendito no celeste firmamento. * A vós louvor, honra e glória eternamente! R.
57 Obras todas do Senhor, glorificai-o. * A ele louvor, honra e glória eternamente! R.
Aclamação ao Evangelho
V. Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
Evangelho
A vós foi dado o conhecimento
dos mistérios do Reino dos Céus.
Naquele tempo,
10 os discípulos aproximaram-se e disseram a Jesus: "Por que tu falas ao povo em parábolas?"
11 Jesus respondeu: "Porque a vós foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não é dado.
12 Pois à pessoa que tem, será dado ainda mais, e terá em abundância; mas à pessoa que não tem, será tirado até o pouco que tem.
13 É por isso que eu lhes falo em parábolas: porque olhando, eles não veem, e ouvindo, eles não escutam, nem compreendem.
14 Deste modo se cumpre neles a profecia de Isaías: 'Havereis de ouvir, sem nada entender. Havereis de olhar, sem nada ver.
15 Porque o coração deste povo se tornou insensível. Eles ouviram com má vontade e fecharam seus olhos, para não ver com os olhos nem ouvir com os ouvidos, nem compreender com o coração, de modo que se convertam e eu os cure'.
16 Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem.
17 Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram". Palavra da Salvação.
Santo do Dia

“Todo homem é uma chama, criada por nosso Senhor, para iluminar o mundo. Todo homem é uma lâmpada, que Deus fez para brilhar e irradiar luz”.
Youssef Antoun, filho de camponeses, viveu com seus quatro irmãos em uma aldeia no Líbano. Sua infância foi breve: com três anos de idade, seu pai faleceu; no entanto, sua mãe se casou de novo com um homem piedoso, que, por fim, segundo o costume oriental, se tornou sacerdote. Para Youssef era uma alegria ouvi-lo, como também era uma alegria falar dos seus dois tios eremitas no Valle dei Santi. Para ele, eram super-heróis e queria seguir seu exemplo, “mas não era possível”, diziam, porque devia ajudar a família. Assim, aos dez anos, começou a pastorear, mas passava todo o tempo livre a rezar em uma gruta, chamada "gruta do Santo", hoje meta de peregrinações. Até certa noite.
"Vem e segue-me!"
Não era a primeira vez que Youssef ouvia a voz do Senhor, que o chamava para segui-lo, mas não podia desobedecer às ordens da sua família.
Naquela noite, porém, a voz do Senhor se tornou particularmente clara, insistente... Ele não podia resistir mais. Então, levantou-se e, sem se despedir de ninguém, antes de amanhecer, pôs-se a caminho para o mosteiro de Nossa Senhora de Mayfouq.
Transcorria o ano de 1851. Youssef tinha 23 anos. Em poucos meses, tornou-se monge da Ordem Libanesa Maronita, onde recebeu o nome de Charbel, que, em siríaco, significa "narração de Deus".
Foi transferido, duas vezes, mas continuava a estudar Teologia, com assiduidade; cuidava dos pobres e enfermos, obediente aos encargos que lhe eram gradualmente confiados, inclusive o trabalho na lavoura. Contudo, as atividades que ele mais preferia eram a oração e a contemplação.
Da gruta da infância ao eremitério da velhice
Em 1875, o frade Charbel sentia-se pronto para viver segundo a Regra dos eremitas da Ordem Maronita, que previa que os monges vivessem em pequenas comunidades, no máximo três. Para ele, foi como um segundo nascimento: podia trabalhar, rezar, fazer penitência, jejuar e permanecer em silêncio.
Segundo as testemunhas oculares, Charbel era um monge zeloso, visto, muitas vezes, rezando de braços abertos, em uma cela paupérrima, que a deixava apenas para celebrar Missa ou quando era expressamente obrigado. Tudo isso até o dia de Natal. Naquele dia, durante a santa Missa, Charbel começou a passar mal, precisamente na hora da elevação. Após uma agonia de oito dias, enquanto os monges rezavam, ele continuava a observar a Regra – recusando até mesmo a comer o necessário. Assim, em 1898, Charbel faleceu.
Sua morte: uma semente que produziu muitos frutos
No entanto, sabemos que a morte não é o fim de tudo. Após alguns meses, começam a ocorrer prodígios. Muitos monges juram ter visto o túmulo do frade Charbel, à noite, iluminada por luzes não naturais. Certo dia, foi aberto e seu corpo estava intacto, com a temperatura corporal de um ser vivo. A abertura realizou-se por mais duas vezes, porque seu corpo segregava uma espécie de sangue e água. Em 1950, durante o último reconhecimento, seu rosto permaneceu impresso em um pano e se verificaram muitas curas instantâneas entre os presentes.
Assim, difundiu-se a fama de santidade deste pequeno monge silencioso, que começou a ser invocado. Por meio da sua intercessão, aumentaram as curas milagrosas.
A Igreja não tinha mais dúvida: Paulo VI, que o beatificou e canonizou, recorda a sua figura com estas palavras: “Ele nos fez entender, em um mundo fascinado pelo conforto e a riqueza, o grande valor da pobreza, da penitência e da ascese, que liberta a alma para a sua ascensão a Deus”.
Depois da sua beatificação, o corpo de São Charbel Makhluf não transudou mais.
