Beatos Inácio de Azevedo, presbítero, e Companheiros, mártires
- Primeira Leitura: Ex 3,13-20
- Salmo Responsorial: Sl 104(105),1 e 5.8-9.24-25.26-27 (R. 8a)
- Evangelho: Mt 11,28-30
- Cor Litúrgica: Verde
Evangelho e leituras de hoje - 17 de julho de 2025
A Liturgia do Dia é um presente diário da Igreja para nutrir nossa fé e orientar nossa vida espiritual. Por meio das leituras — Primeira Leitura, Salmo, Segunda Leitura (aos domingos) e Evangelho — ouvimos a voz viva de Deus que continua a falar ao Seu povo.
Essas palavras não são apenas memórias do passado, mas luz para o presente, capazes de transformar corações e renovar esperanças. Ao meditarmos a Liturgia, unimo-nos à Igreja no mundo inteiro e permitimos que o Espírito Santo aja em nós.
É um convite diário à conversão, à escuta e à fidelidade. Que a Palavra de Deus ilumine e conduza nosso caminho todos os dias.
Primeira Leitura
"Eu Sou aquele que sou".
'Eu sou enviou-me a vós'.
Leitura do Livro do Êxodo 3,13-20
Naqueles dias, ouvindo a voz do Senhor do meio da sarça,
13 Moisés disse a Deus: "Sim, eu irei aos filhos de Israel e lhes direi: 'O Deus de vossos pais enviou-me a vós'. Mas, se eles perguntarem: 'Qual é o seu nome?' o que lhes devo responder?"
14 Deus disse a Moisés: "Eu sou aquele que sou". E acrescentou: "Assim responderás aos filhos de Israel: 'Eu sou enviou-me a vós'".
15 E Deus disse ainda a Moisés: "Assim dirás aos filhos de Israel: 'O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó, enviou-me a vós'. Este é o meu nome para sempre, e assim serei lembrado de geração em geração.
16 Vai, reúne os anciãos de Israel e dize-lhes: 'O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó, apareceu-me, dizendo: Eu vos visitei e vi tudo o que vos sucede no Egito.
17 E decidi tirar-vos da opressão do Egito e conduzir-vos à terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos fereseus, dos heveus e dos jebuseus, a uma terra onde corre leite e mel.
18 Eles te escutarão e tu, com os anciãos de Israel, irás ao rei do Egito e lhe direis: 'O Senhor, o Deus dos hebreus, veio ao nosso encontro. E, agora, temos que ir, a três dias de marcha no deserto, para oferecermos sacrifícios ao Senhor nosso Deus'.
19 Eu sei, no entanto, que o rei do Egito não vos deixará partir, se não for obrigado por mão forte.
20 Por isso, estenderei minha mão e castigarei o Egito com toda a sorte de prodígios que vou realizar no meio deles. Depois disso, o rei do Egito vos deixará partir". Palavra do Senhor.
Salmo responsorial
R. O Senhor se lembra sempre da Aliança. 1 Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, * anunciai entre as nações seus grandes feitos! 5 Lembrai as maravilhas que ele fez, * seus prodígios e as palavras de seus lábios! R. 8 Ele sempre se recorda da Aliança, * promulgada a incontáveis gerações; 9 da Aliança que ele fez com Abraão, * e do seu santo juramento a Isaac. R. 24 Deus deu um grande crescimento a seu povo * e o fez mais forte que os próprios opressores. 25 Ele mudou seus corações para odiá-lo, * e trataram com má-fé seus servidores. R. 26 Então mandou Moisés, seu mensageiro, * e igualmente Aarão, seu escolhido; 27 por meio deles realizou muitos prodígios * e, na terra do Egito, maravilhas. R. R. O Senhor se lembra sempre da Aliança. 1 Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, * anunciai entre as nações seus grandes feitos! 5 Lembrai as maravilhas que ele fez, * seus prodígios e as palavras de seus lábios! R. 8 Ele sempre se recorda da Aliança, * promulgada a incontáveis gerações; 9 da Aliança que ele fez com Abraão, * e do seu santo juramento a Isaac. R. 24 Deus deu um grande crescimento a seu povo * e o fez mais forte que os próprios opressores. 25 Ele mudou seus corações para odiá-lo, * e trataram com má-fé seus servidores. R. 26 Então mandou Moisés, seu mensageiro, * e igualmente Aarão, seu escolhido; 27 por meio deles realizou muitos prodígios * e, na terra do Egito, maravilhas. R.
Aclamação ao Evangelho
V. Vinde a mim, todos vós que estais cansados,
Evangelho
Sou manso e humilde de coração.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 11,28-30
Naquele tempo, tomou Jesus a palavra e disse:
28 "Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso.
29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso.
30 Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve". Palavra da Salvação.
Santo do Dia

Sobre a vida do Papa Leão IV, sabemos que nasceu em Roma, mas era de origem lombarda. Seu pai chamava-se Ridolfo, mas não se sabe qual o nome que deu ao filho no Batismo. Contudo, era um homem de comprovada pureza e integridade interior: era monge do mosteiro beneditino de São Martinho, mas o Papa Gregório IV quis que estivesse ao seu lado, como parte integrante do clero romano. Assim, tornou-se Papa, em 847, por aclamação popular.
Desastres naturais e calamidades humanas
Quando iniciou seu Pontificado, a situação em Roma era bastante dramática: no ano anterior, ocorreu a invasão dolorosa dos Sarracenos. Por isso, a sua eleição foi rápida, sem esperar a aprovação imperial. O imperador não se importou porque, provavelmente, se sentia culpado por não apoiar a cidade contra os árabes. Porém, o que mais preocupou Leão IV foi uma série de desastres naturais: primeiro, um terremoto assolou Roma, fazendo desabar uma parte do Coliseu; a seguir, um incêndio destruiu a área do Burgo, poupando a vizinha Basílica de São Pietro, graças à intervenção espiritual do Papa. Este acontecimento foi imortalizado pelo artista Rafael, em um afresco conhecido como "O incêndio do Burgo", conservado no Museu do Vaticano.
Liga contra os Sarracenos
A ameaça dos Sarracenos voltou à gala. No entanto, Leão IV não foi preso de surpresa: desatendendo a estreita relação com o imperador, fez acordos com os soberanos dos Ducados vizinhos, como Amalfi, Gaeta, Nápoles e Sorrento. Assim, promoveu uma liga naval, depois denominada “Liga Campana”, liderada pelo napolitano, Cesário Consule, encarregada de defender os dois territórios: a Campânia e o Lácio. A ameaça ocorreu no verão de 849, quando na batalha, que passou para a história como “Batalha de Óstia”, os Sarracenos foram derrotados. Esta vez, o acontecimento também foi imortalizado em um afresco de Rafael, com o mesmo nome da batalha, mantido nas Salas do Museu Vaticano.
O "restaurador de Roma"
Entretanto, os empreendimentos, que levaram Leão IV a receber o título de "restaurador de Roma", foram outros. Avantajado pela sua capacidade espiritual, mas também pelos sentimentos de culpa do imperador, o Papa conseguiu obter de Lotário uma enorme soma de dinheiro para fazer várias reformas. A primeira e mais importante de todas foi a construção de uma muralha, mais extensa que a construída na época por Aureliano, que abrangia toda a colina do Vaticano. Seguiram-se as reformas das Basílicas de São Pedro e São Paulo, a fortificação do Porto marítimo e a reconstrução das antigas “Centumcellae”, na atual cidade de Civitavecchia, além de Tarquínia, Orte e Amélia. Mas o "restaurador" não parou: dedicou-se também à ajuda pessoal da população mais vulnerável, com a distribuição de gêneros alimentícios.
Concílios e Sínodos
Leão IV era, sobretudo, um pastor e, como tal, dedicou seu Pontificado à corroboração da disciplina do clero. Por isso, convocou dois Concílios especiais: o de Pavia, em 850, e o de Roma, em 853. Neste último, trabalhou com afinco para reafirmar a pureza da fé e os costumes do povo. No entanto, com o mesmo objetivo, multiplicaram-se os Sínodos em toda a Europa: em Mainz, Limoges, Lyon, Paris e Inglaterra. Durante os Concílios, foi resolvida a questão disciplinar sobre a excomunhão de Anastácio, Cardeal de São Marcelo, com ideia de antipapa, que, sem levar em conta os apelos do Pontífice, havia deixado a sua diocese para morar em outro lugar.
Relação com os soberanos cristãos
As relações entre Leão IV e o império não foram ruins, tanto que, no dia da Páscoa de 850, Lotário pediu-lhe para coroar seu filho Ludovico como imperador. Após cinco anos, porém, acontece alguma coisa que correu o risco de comprometer, seriamente, a estabilidade das relações bilaterais: Daniel, o magister militum do Império em Roma, acusou Graciano, comandante da milícia, muito próxima do Papa, de tramar um meio para aproximar o Papado e ao Império do Oriente. Então, Ludovico foi, pessoalmente, a Roma, para um confronto direto, do qual resultaram infundadas as acusações contra Leão IV. Desde então, foram muitos os soberanos dos reinos cristãos europeus a pedir para serem coroados pelo Pontífice, com o objetivo de obter, assim, o reconhecimento da sua soberania "por graça divina".