Liturgia do dia 15 de outubro de 2025

Santa Teresa de Jesus, virgem e doutor da Igreja

  • Reading I: Romans 2:1-11
  • Responsorial Psalm: Psalm 62:2-3, 6-7, 9
  • Alleluia: John 10:27
  • Gospel: Luke 11:42-46
  • Cor Litúrgica: Branco
  • Memória

Evangelho e leituras de hoje - 15 de outubro de 2025

A Liturgia do Dia é um presente diário da Igreja para nutrir nossa fé e orientar nossa vida espiritual. Por meio das leituras — Primeira Leitura, Salmo, Segunda Leitura (aos domingos) e Evangelho — ouvimos a voz viva de Deus que continua a falar ao Seu povo.

Essas palavras não são apenas memórias do passado, mas luz para o presente, capazes de transformar corações e renovar esperanças. Ao meditarmos a Liturgia, unimo-nos à Igreja no mundo inteiro e permitimos que o Espírito Santo aja em nós.

É um convite diário à conversão, à escuta e à fidelidade. Que a Palavra de Deus ilumine e conduza nosso caminho todos os dias.

Primeira Leitura

Rm 2,1-11

Retribuirá a cada um segundo as suas obras;
primeiro ao judeu, mas também ao grego.

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos 2,1-11

1 Ó  homem, qualquer que sejas, tu que julgas, não tens desculpa; pois, julgando os outros,  te condenas a ti mesmo, já que fazes as mesmas coisas,  tu que julgas.

2 Ora, sabemos que o julgamento de Deus se exerce segundo a verdade contra os que praticam tais coisas.

3 Ó homem, tu que julgas os que praticam tais coisas e, no entanto, as fazes também tu, pensas que escaparás ao julgamento de Deus?

4 Ou será que desprezas as riquezas de sua bondade, de sua tolerância, de sua longanimidade, não entendendo que a benignidade de Deus é um insistente convite para te converteres?

5 Por causa de teu endurecimento no mal e por teu coração impenitente, estás acumulando ira para ti mesmo,  no dia da ira, quando se revelará o justo juízo de Deus.

6 Deus retribuirá a cada um segundo as suas obras.

7 Para aqueles que,  perseverando na prática do bem, buscam a glória, a honra e a incorruptibilidade, Deus dará a vida eterna;

 

8 porém, para os que, por espírito de rebeldia, desobedecem à verdade  e se submetem à iniquidade, estão reservadas ira e indignação.

 

9 Tribulação e angústia  para toda pessoa que faz o mal, primeiro para o judeu,  mas também para o grego;

 

10 glória, honra e paz  para todo aquele que pratica o bem, primeiro para o judeu,  mas também para o grego;

11 pois Deus não faz distinção de pessoas. Palavra do Senhor.

 

Salmo responsorial

Sl 61(62),2-3.6-7.9 (R. 13b)
R. Senhor, pagais a cada um, conforme suas obras.

 

2 Só em Deus a minha alma tem repouso, * porque dele é que me vem a salvação!

3 Só ele é meu rochedo e salvação, * a fortaleza, onde encontro segurança!  R.

 

6 Só em Deus a minha alma tem repouso, * porque dele é que me vem a salvação!

7 Só ele é meu rochedo e salvação, * a fortaleza, onde encontro segurança!   R.

 

9 Povo todo, esperai sempre no Senhor, † e abri diante dele o coração: * nosso Deus é um refúgio para nós!   R.

 

Aclamação ao Evangelho

R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Minhas ovelhas escutam minha voz,
    eu as conheço e elas me seguem.

Evangelho

Lc 11,42-46

Aí de vós, fariseus;
ai de vós também, mestres da Lei.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 11,42-46

  Naquele tempo, disse o Senhor:

42 "Aí de vós, fariseus,  porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus. Vós deveríeis praticar isso,  sem deixar de lado aquilo.

43 Aí de vós, fariseus, porque gostais do lugar de honra nas sinagogas, e de serdes cumprimentados nas praças públicas.

44 Aí de vós,  porque sois como túmulos que não se veem, sobre os quais os homens andam sem saber".

 

45 Um mestre da Lei tomou a palavra e disse: "Mestre, falando assim,  insultas-nos também a nós!"

46 Jesus respondeu: "Ai de vós também, mestres da Lei, porque colocais sobre os homens cargas insuportáveis, e vós mesmos não tocais nessas cargas, nem com um só dedo". Palavra da Salvação.

 

Santo do Dia

S. Teresa de Jesus, virgem, doutora da Igreja, carmelita descalça
S. Teresa de Jesus, virgem, doutora da Igreja, carmelita descalça
Encontra-se entre as Santas e Místicas mais veneradas do mundo: nos anos de Lutero, Santa Teresa de Ávila dedicou-se a uma importante obra reformadora no interior do Carmelo. Padroeira dos escritores católicos, foi a primeira mulher a ser proclamada Doutora da Igreja junto com Santa Catarina de Sena  

Dos romances à dura realidade
Filha do segundo casamento de um judeu convertido, Santa Teresa de Ávila nasceu no dia 28 de março de 1515. Durante sua infância feliz, junto com seus irmãos e primos, sentia-se atraída pelos romances cavalheirescos. Depois da morte em batalha do irmão mais velho, João, em 1524, e da perda da mãe, Beatriz, a jovem foi mandada estudar em um Mosteiro das Agostinianas de Nossa Senhora das Graças, onde passou por uma primeira crise existencial. Ao ser acometida por uma grave doença, voltou para a casas paterna, onde presenciou a partida do amado irmão, Rodrigo, para as Colônias espanholas no além-mar. Em 1536, foi atingida pela chamada “grande crise”, que amadureceu a sua decisão de entrar para o Mosteiro das Carmelitas da Encarnação em Ávila. Mas, seu pai era contrário e Teresa fugiu de casa. Acolhida pelas monjas, fez a profissão religiosa em 3 de novembro de 1537.

“Fiquei tomada de comoção”
A sua saúde voltou logo a comprometê-la. Apesar do consequente retorno à família, o caso foi julgado desesperador. Então Teresa foi reconduzida ao Convento, onde as Irmãs começaram a preparar seu funeral. Porém, de modo inexplicável, em poucos dias a enferma melhorou. Parcialmente liberada dos compromissos da vida claustral, por causa da sua convalescença, de caráter alegre, amante da música, da poesia, da leitura e escritura, começou a tecer uma rede densa de amizades, atraindo a si várias pessoas desejosas de encontrá-la. No entanto, percebeu que estes encontros eram motivos de distração da sua da sua principal tarefa de rezar, que ocasionou sua “segunda conversão”: “Os meus olhos defrontaram-se com uma imagem... parecia Nosso Senhor coberto de chagas. Quando o vi, fiquei tomada de comoção... debulhando-me em lágrimas, lancei-me aos seus pés e lhe supliquei para dar-me forças para não ofendê-lo mais”.

Reprodução de Bernini
As visões e êxtases representam o capítulo mais misterioso e interessante da vida de Santa Teresa de Ávila. Em sua autobiografia (redigida a pedido do Bispo) e em outros textos e cartas, ela descreve os vários níveis das manifestações divinas, visuais e auditivas. Ela é representada em levitação, em síncope e caída como morta (assim a reproduziu Bernini, por volta de 1650, na estátua de Santa Maria da Vitória, em Roma). A estas manifestações corresponde um grande crescimento espiritual, como Teresa, - que tinha inclinação natural para a escritura e a poesia – descreve em seus textos místicos, entre os mais claros, importantes, poéticos jamais escritos. Não sendo entendida na sua intensa espiritualidade e até considerada, por alguns de seus confessores, como vítima de ilusões demoníacas, ela foi ajudada pelo jesuíta, Francisco Borja, e pelo franciscano, Frei Pedro de Alcântara, que puseram fim às dúvidas dos seus acusadores.

Castelo Interior
Teresa teve a intuição de reformar o Carmelo, por causa da sua desorganização interna. Em 1566, o Superior geral da Ordem deu-lhe a autorização de fundar, em Castela, vários mosteiros, inclusive dois para os Carmelitas Descalços. Assim, surgiram conventos em Medina, Malagón e Valladolid (1568); Toledo e Pastrana (1569); Salamanca (1570); Alba de Tormes (1571); Segóvia, Beas e Sevilha (1574); Soria (1581); Burgos (1582)...
Em 1567, foi decisivo o encontro de Teresa com o jovem estudante de Salamanca, recém-ordenado sacerdote: com o nome de João da Cruz, o jovem recebe o hábito dos Descalços e acompanha a Fundadora nas suas viagens. Juntos, superaram vários acontecimentos dolorosos, entre os quais as divisões internas da Ordem e até acusações de heresia. Por fim, Teresa levou vantagem com o nascimento da Ordem reformada das Carmelitas e dos Carmelitas Descalços.
A obra mais famosa de Teresa é, certamente, o “Castelo Interior”, itinerário da alma na busca de Deus, mediante sete passagens particulares de elevação, como também o “Caminho da perfeição”, as Fundações e muitíssimas Máximas, Poesias e Orações.
Incansável, apesar da fragilidade de sua saúde, Santa Teresa de Ávila faleceu em Alba de Tormes, em 1582, durante uma das suas viagens.

Versículo do Dia

Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. (Mt 5,3)

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