Sexta-Feira da Semana XIX do Tempo Comum
- Primeira Leitura: Js 24,1-13
- Salmo Responsorial: Sl 135(136),1-3.16-18.21-22.24
- Evangelho: Mt 19,3-12
- Cor Litúrgica: Branco
- Solenidade
Evangelho e leituras de hoje - 15 de agosto de 2025
A Liturgia do Dia é um presente diário da Igreja para nutrir nossa fé e orientar nossa vida espiritual. Por meio das leituras — Primeira Leitura, Salmo, Segunda Leitura (aos domingos) e Evangelho — ouvimos a voz viva de Deus que continua a falar ao Seu povo.
Essas palavras não são apenas memórias do passado, mas luz para o presente, capazes de transformar corações e renovar esperanças. Ao meditarmos a Liturgia, unimo-nos à Igreja no mundo inteiro e permitimos que o Espírito Santo aja em nós.
É um convite diário à conversão, à escuta e à fidelidade. Que a Palavra de Deus ilumine e conduza nosso caminho todos os dias.
Primeira Leitura
Tirei vossos pais dos confins da Mesopotâmia,
depois vos fiz sair do Egito e vos dei uma terra.
Leitura do Livro de Josué 24,1-13
Naqueles dias,
1 Josué reuniu em Siquém todas as tribos de Israel e convocou os anciãos, os chefes, os juízes e os magistrados, que se apresentaram diante de Deus.
2 Então Josué falou a todo o povo: "Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Vossos pais, Taré, pai de Abraão e de Nacor habitaram outrora do outro lado do rio Eufrates e serviram a deuses estranhos.
3 Mas eu tirei Abraão, vosso pai, dos confins da Mesopotâmia, e o conduzi através de toda a terra de Canaã, e multipliquei a sua descendência.
4 Dei-lhe Isaac, e a este dei Jacó e Esaú. E a Esaú, um deles, dei em propriedade o monte Seir; Jacó, porém, e seus filhos desceram para o Egito.
5 Em seguida, enviei Moisés e Aarão e castiguei o Egito com prodígios que realizei em seu meio, e depois disso vos tirei de lá.
6 Fiz, portanto, que vossos pais saíssem do Egito, e assim chegastes ao mar. Os egípcios perseguiram vossos pais, com carros e cavaleiros, até ao mar Vermelho.
7 Vossos pais clamaram então ao Senhor, e ele colocou trevas entre vós e os egípcios. Depois trouxe sobre estes o mar, que os recobriu. Vossos olhos viram todas as coisas que eu fiz no Egito e habitastes no deserto muito tempo.
8 Eu vos introduzi na terra dos amorreus que habitavam do outro lado do rio Jordão. E, quando guerrearam contra vós, eu os entreguei em vossas mãos, e assim ocupastes a sua terra e os exterminastes.
9 Levantou-se então Balac, filho de Sefor, rei de Moab, e combateu contra Israel, e mandou chamar Balaão, filho de Beor, para que vos amaldiçoasse.
10 Eu, porém, não o quis ouvir. Ao contrário, abençoei-vos por sua boca, e vos livrei de suas mãos.
11 A seguir, atravessastes o Jordão e chegastes a Jericó. Mas combateram contra vós os habitantes desta cidade — os amorreus, os fereseus, os cananeus, os hititas, os gergeseus, os heveus e os jebuseus. Eu, porém, entreguei-os em vossas mãos.
12 Enviei à vossa frente vespões que os expulsaram da vossa presença — os dois reis dos amorreus — e isso não com a tua espada nem com o teu arco.
13 Eu vos dei uma terra que não lavrastes, cidades que não edificastes, e nelas habitais, vinhas e olivais que não plantastes, e comeis de seus frutos". Palavra do Senhor.
Salmo responsorial
1 Demos graças ao Senhor, porque ele é bom: * Porque eterno é seu amor!
2 Demos graças ao Senhor, Deus dos deuses: * Porque eterno é seu amor!
3 Demos graças ao Senhor dos senhores: * Porque eterno é seu amor! R.
16 Ele guiou pelo deserto o seu povo: * Porque eterno é seu amor!
17 E feriu por causa dele grandes reis: * Porque eterno é seu amor!
18 Reis poderosos fez morrer por causa dele: * Porque eterno é seu amor! R.
21 Repartiu a terra deles como herança: * Porque eterno é seu amor!
22 Como herança a Israel, seu servidor: * Porque eterno é seu amor! R.
24 De nossos inimigos libertou-nos: * Porque eterno é seu amor! R.
Aclamação ao Evangelho
V. Acolhei a palavra de Deus, não como palavra humana,
Evangelho
Moisés permitiu despedir a mulher,
por causa da dureza do vosso coração.
Mas não foi assim desde o início.
Naquele tempo,
3 alguns fariseus aproximaram-se de Jesus, e perguntaram, para o tentar: "É permitido ao homem despedir sua esposa por qualquer motivo?"
4 Jesus respondeu: "Nunca lestes que o Criador, desde o início os fez homem e mulher?
5 E disse: 'Por isso, o homem deixará pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne'?
6 De modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe".
7 Os fariseus perguntaram: "Então, como é que Moisés mandou dar certidão de divórcio e despedir a mulher?"
8 Jesus respondeu: "Moisés permitiu despedir a mulher, por causa da dureza do vosso coração. Mas não foi assim desde o início.
9 Por isso, eu vos digo: quem despedir a sua mulher — a não ser em caso de união ilegítima — e se casar com outra, comete adultério".
10 Os discípulos disseram a Jesus: "Se a situação do homem com a mulher é assim, não vale a pena casar-se".
11 Jesus respondeu: "Nem todos são capazes de entender isso, a não ser aqueles a quem é concedido.
12 Com efeito, existem homens incapazes para o casamento, porque nasceram assim; outros, porque os homens assim os fizeram; outros, ainda, se fizeram incapazes disso por causa do Reino dos Céus. Quem puder entender, entenda". Palavra da Salvação.
Santo do Dia

Acólito das catacumbas
A história de Tarcísio ocorreu no século III. Naquela época, o imperador Valeriano perseguia os cristãos e Tarcísio era um jovem acólito da Igreja de Roma, que frequentava as catacumbas de São Calisto.
Certo dia, pensando que sua juventude seria o melhor abrigo para a Eucaristia, ofereceu-se para levar o Pão consagrado aos prisioneiros e enfermos.
Apertado ao peito
Mas, ao longo do caminho, encontrou alguns jovens pagãos. Ao perceberem que Tarcísio apertava alguma coisa ao peito, tentaram arrancá-la. O menino não cedeu e, por isso, levou chutes e alguns até o apedrejaram. No entanto, Tarcísio resistiu e consegue não deixar profanar as hóstias. Estando já em fim de vida, um oficial pretoriano, que, às ocultas, havia se convertido ao cristianismo, o socorreu e o levou ao sacerdote da sua comunidade. Entre suas mãos cruzadas no peito, ainda se encontrava o pequeno bornal com a Eucaristia.
Protomártir da Eucaristia
Após a sua morte, Tarcísio foi enterrado nas catacumbas de São Calisto. Na epígrafe, foi inciso o ano 257, a pedido do Papa Dâmaso.
Aa seguintes palavras, escritas nas catacumbas de São Calisto, chegam até nós através de vários testemunhos, recordam o seu martírio: “Enquanto um grupo de malvados se atirava contra Tarcísio, para tentar profanar a Eucaristia que carregava consigo, ele, espancado à morte, preferiu perder a vida, ao invés de entregar aos cães raivosos as Partículas celestes do Corpo de Cristo”.
Carne da sua carne
Uma tradição oral também fala sobre este protomártir da Eucaristia, dizendo que, sobre o seu corpo, não foi encontrado o Santíssimo Sacramento. Segundo esta tradição, a Partícula consagrada, defendida com vida pelo jovem acólito, tornou-se carne da sua carne. Esta foi a única Hóstia oferecida a Deus, que se uniu ao seu corpo.

“Santo Estanislau ensina-lhes a liberdade, que não é uma corrida às cegas, mas a capacidade de discernir a meta e seguir os melhores caminhos de comportamento e de vida. Ensina-lhes sempre a buscar, antes de tudo, a amizade com Jesus; a ler e a meditar a sua Palavra; a acolher a sua presença misericordiosa e poderosa na Eucaristia, a fim de resistir aos condicionamentos da mentalidade mundana” (Mensagem do Papa Francisco, por ocasião do 450º aniversário da morte do Santo, 15 de agosto de 2018).
Estanislau nasceu perto de Cracóvia, em 1550. Filho do príncipe Kotska, líder militar e Senador do reino de Sigismundo Augusto, foi enviado a Viena, aos 14 anos, para estudar no Colégio da Companhia de Jesus, que ainda estava no seu início. Santo Inácio havia falecido de recente, mas os Jesuítas já se distinguiam como profundos teólogos, os primeiros a propor uma verdadeira renovação no âmbito da Igreja.
“Ad Maiora natus sum”
Após uma breve permanência em Czestochowa, Estanislau chegou a Viena e ficou hospedado em um Colégio da Companhia de Jesus. Ele estava acompanhado pelo seu tutor e o irmão mais velho, Paulo. No entanto, a convivência tornou-se logo difícil, por causa das inclinações mundanas do seu irmão, que se opunham ao estilo sóbrio de Estanislau, que sentia "ter nascido para coisas maiores".
Naquele período, estudou sem cessar e viver, intensamente, o espírito do Evangelho e a devoção a Maria, dos quais dera testemunho com a sua vida e o seu trabalho. Começou a delinear-se nele a chamada do Senhor, que a sentia, de modo sensível, nos diversos momentos, que dedicava à oração, à participação da Missa e às Vésperas, aos Exercícios Espirituais, que frequentava conforme a insigne obra de Santo Inácio de Loyola.
Duas noites "prodigiosas"
Certo dia, Estanislau foi acometido por uma doença grave. Durante a sua enfermidade ocorreram prodígios extraordinários, sinais evidentes da obra da graça divina.
Enquanto dormia de noite, recebeu a visita de Santa Bárbara, acompanhada por dois anjos, que lhe ofereceu, finalmente, a santa Comunhão, que ele tanto queria receber durante a febre. Mas, não a pôde receber porque, junto com seu irmão e o tutor, teve que se transferir para um apartamento alugado, por causa da requisição do Colégio dos Jesuítas, por parte dos Habsburgos. O dono do apartamento era luterano e não gostava dos católicos.
Em outra noite, Estanislau recebeu a visita de Nossa Senhora com o Menino no colo: ao pegá-Lo em seus braços, ficou completamente curado, contrariamente ao parecer de todos os médicos, que não lhe davam muitos dias de vida. Ao despedir-se, a Virgem revelou-lhe que seu destino era na Companhia de Jesus.
A fuga vocacional
Estanislau estava ciente da sua escolha, mas sabia que seu pai jamais a aprovaria. Então, fugiu e, após vinte dias de caminho a pé, chegou a Dillingen, na Alemanha, onde foi acolhido na casa dos Jesuítas. Ali, conheceu o Padre Pedro Canísio, que, na época, era Provincial do norte da Alemanha. Os Jesuítas ficaram impressionados com aquele jovem extraordinário.
Estanislau foi enviado em peregrinação a Roma, junto com dois companheiros e, finalmente, ali, pôde começar o Noviciado e emitir os votos de pobreza, castidade e obediência.
Certo dia, alguns Noviços pediram-lhe para definir a figura do missionário. Então, expôs assim a sua bagagem espiritual: “Um homem com grandes sapatos de mortificação, amplo manto de amor a Deus e ao próximo e com chapéu de paciência, para se defender nas adversidades".
Logo a seguir, Estanislau adoeceu e faleceu, aos 18 anos, no dia da Assunção, em 1568. Foi sepultado na igreja, recém construída, ao lado do Noviciado, hoje chamada Santo André no Quirinal.
Santo Estanislau Kotska foi proclamado Santo pelo Papa Bento XIII, em 1726, junto com Luiz Gonzaga e João Berchmans, e escolhido como Padroeiro dos Noviços e de toda a Juventude.