São João Crisóstomo, bispo e doutor da Igreja
- Reading 1 : 1 Timothy 1:15-17
- Responsorial Psalm : Psalm 113:1b-2, 3-4, 5 and 6-7
- Alleluia : John 14:23
- Gospel : Luke 6:43-49
- Cor Litúrgica: Branco
- Memória
- 12 setembro
- 13 setembro
- 14 setembro
Evangelho e leituras de hoje - 13 de setembro de 2025
A Liturgia do Dia é um presente diário da Igreja para nutrir nossa fé e orientar nossa vida espiritual. Por meio das leituras — Primeira Leitura, Salmo, Segunda Leitura (aos domingos) e Evangelho — ouvimos a voz viva de Deus que continua a falar ao Seu povo.
Essas palavras não são apenas memórias do passado, mas luz para o presente, capazes de transformar corações e renovar esperanças. Ao meditarmos a Liturgia, unimo-nos à Igreja no mundo inteiro e permitimos que o Espírito Santo aja em nós.
É um convite diário à conversão, à escuta e à fidelidade. Que a Palavra de Deus ilumine e conduza nosso caminho todos os dias.
Primeira Leitura
Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores.
Leitura da Primeira Carta de São Paulo a Timóteo 1,15-17
Caríssimo,
15 segura e digna de ser acolhida por todos é esta palavra: Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores. E eu sou o primeiro deles!
16 Por isso encontrei misericórdia, para que em mim, como primeiro, Cristo Jesus demonstrasse toda a grandeza de seu coração; ele fez de mim um modelo de todos os que crerem nele para alcançar a vida eterna.
17 Ao Rei dos séculos, ao único Deus, imortal e invisível, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém! Palavra do Senhor.
Salmo responsorial
1 Louvai, louvai, ó servos do Senhor, * louvai, louvai o nome do Senhor!
2 Bendito seja o nome do Senhor, * agora e por toda a eternidade! R.
3 Do nascer do sol até o seu ocaso, * louvado seja o nome do Senhor!
4 O Senhor está acima das nações, * sua glória vai além dos altos céus. R.
5a Quem pode comparar-se ao nosso Deus, *
6 que se inclina para olhar o céu e a terra?
7 Levanta da poeira o indigente * e do lixo ele retira o pobrezinho. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Quem me ama, realmente, guardará minha palavra
e meu Pai o amará e a ele nós viremos.
Evangelho
Por que me chamais: 'Senhor! Senhor!',
mas não fazeis o que eu digo?
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
43 "Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons.
44 Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos. Não se colhem figos de espinheiros, nem uvas de plantas espinhosas.
45 O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração. Mas o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, pois sua boca fala do que o coração está cheio.
46 Por que me chamais: 'Senhor! Senhor!', mas não fazeis o que eu digo?
47 Vou mostrar-vos com quem se parece todo aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as põe em prática.
48 É semelhante a um homem que construiu uma casa: cavou fundo e colocou o alicerce sobre a rocha. Veio a enchente, a torrente deu contra a casa, mas não conseguiu derrubá-la, porque estava bem construída.
49 Aquele, porém, que ouve e não põe em prática, é semelhante a um homem que construiu uma casa no chão, sem alicerce. A torrente deu contra a casa, e ela imediatamente desabou; e foi grande a ruína dessa casa". Palavra da Salvação.
Santo do Dia

Desde criança, João Crisóstomo foi um campeão da palavra. O famoso reitor Libônio, seu professor, que via no jovem seu sucessor natural. No entanto, ficou desapontado quando aquele estudante promissor preferiu o fascínio da fé ao da retórica, "se os cristãos não me o tivessem roubado", exclamou!
Na verdade, João foi "roubado" pela atração que nutria pelas palavras sagradas, que estudava com atenção no círculo de amizades de Diodoro, futuro bispo de Tarso. Precisamente São Paulo foi um dos seus favoritos, ao qual dedicou inúmeros pensamentos e escritos.
Porém, toda a Bíblia, com seus ensinamentos, deixou um profundo sulco naquele jovem de Antioquia, que estava para se tornar faca de dois gumes no Oriente cristão do século V, justamente pelos seus talentos prodigiosos.
Espírito não ventre
O bispo Fabiano o ordenou sacerdote, mas, desde o período de diaconato, João demonstrava claramente que a sua capacidade de falar das Escrituras ao povo era fora do comum.
Antes desta fase de vida, o jovem também fez a experiência eremítica: seis anos no deserto, dos quais, os dois últimos, em uma caverna. Esta experiência consolidou nele um caráter de sobriedade que reforçou ainda mais as suas palavras, que abalavam por sua franqueza.
João Crisóstomo pregava o amor concreto aos irmãos mais pobres; chamava a atenção dos monges para as obras de caridade e a se desapegarem do dinheiro; exortava os leigos a evitar a teia de aranha da devassidão. Enfim, dava mais espaço ao espírito e menos à carne.
João foi um moralista, no sentido positivo do termo, em uma época em que, extrair dos provérbios bíblicos normas de comportamento coerentes com a vida de um batizado, era bastante normal.
Patriarca incômodo
Em 397, quando tinha 50 anos, deu-se a grande mudança! João Crisóstomo estava em Constantinopla para suceder o Patriarca Nectário. Mudou sua função, teve maior visibilidade e proximidade da corte. Mas, quem não mudou nada foi João. Aquele que combatia a corrupção - que lotava os palácios do poder bizantino - continuou fiel ao seu estilo. As pessoas o amavam por isso, diziam seus contemporâneos.
Quem começou a detestá-lo, cada vez mais abertamente, era a nobreza e o clero, apegados aos privilégios, mas também por culpa daquele homem que, ao invés de se alinhar com os companheiros do grupo, do qual fazia parte, lançava frechadas com sua língua impetuosa. A indolência e os vícios, sobretudo dos que usavam batina, eram seus alvos favoritos.
Às palavras, seguiram os fatos: muitos padres foram removidos por indignidade, inclusive o bispo de Éfeso. Para muitos era exagerado demais e, contra um homem, que no fundo era mais ingênuo que astuto, começa a série de intrigas.
"Boca de ouro"
O partido contra João foi liderado pelo Patriarca de Alexandria, Teófilo, e a Imperatriz Eudóxia. Em sua ausência, convocaram um sínodo, que obrigou João ao exílio. Era o ano 403.
Mas, a sua remoção não durou muito. Por furor popular, João Crisóstomo voltou para Constantinopla, porém, seus adversários relançaram o desafio.
Em 9 de junho de 404, uma nova condenação o afastou do centro do Império. O antigo eremita deparou-se com uma solidão forçada.
João "boca de ouro", como foi apelidado mais tarde, faleceu em 407, em Comana, no Ponto, durante um dos muitos exílios obrigatórios.
Ao longo dos séculos, a sabedoria de um homem e sacerdote, corroborada por centenas de escritos, demonstrou que "em todas as coisas" deve ser dada "glória a Deus"!
Versículo do Dia
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