Santa Dulce Lopes Pontes, virgem
- Primeira Leitura: Dt 34,1-12
- Salmo Responsorial: Sl 65(66),1-3a.5 e 16-17 (R. cf. 20a.9a)
- Evangelho: Mt 18,15-20
- Cor Litúrgica: Verde
Evangelho e leituras de hoje - 13 de agosto de 2025
A Liturgia do Dia é um presente diário da Igreja para nutrir nossa fé e orientar nossa vida espiritual. Por meio das leituras — Primeira Leitura, Salmo, Segunda Leitura (aos domingos) e Evangelho — ouvimos a voz viva de Deus que continua a falar ao Seu povo.
Essas palavras não são apenas memórias do passado, mas luz para o presente, capazes de transformar corações e renovar esperanças. Ao meditarmos a Liturgia, unimo-nos à Igreja no mundo inteiro e permitimos que o Espírito Santo aja em nós.
É um convite diário à conversão, à escuta e à fidelidade. Que a Palavra de Deus ilumine e conduza nosso caminho todos os dias.
Primeira Leitura
E Moisés morreu ali, conforme a vontade do Senhor.
Em Israel nunca mais surgiu um profeta como Moisés.
Leitura do Livro do Deuteronômio 34,1-12
Naqueles dias,
1 Moisés subiu das estepes de Moab ao monte Nebo, ao cume do Fasga que está defronte de Jericó. E o Senhor mostrou-lhe todo o país, desde Galaad até Dã,
2 o território de Neftali, a terra de Efraim e Manassés, toda a terra de Judá até ao mar ocidental,
3 o Negueb e a região do vale de Jericó, cidade das palmeiras, até Segor.
4 O Senhor lhe disse: "Eis aí a terra pela qual jurei a Abraão, Isaac e Jacó, dizendo: Eu a darei à tua descendência. Tu a viste com teus olhos, mas nela não entrarás".
5 E Moisés, servo do Senhor, morreu ali, na terra de Moab, conforme a vontade do Senhor.
6 E ele o sepultou no vale, na terra de Moab, defronte de Bet-Fegor. E ninguém sabe até hoje onde fica a sua sepultura.
7 Ao morrer, Moisés tinha cento e vinte anos. Sua vista não tinha enfraquecido, nem seu vigor se tinha esmorecido.
8 Os filhos de Israel choraram Moisés nas estepes de Moab, durante trinta dias, até que terminou o luto por Moisés.
9 Josué filho de Nun estava cheio do espírito de sabedoria, porque Moisés lhe tinha imposto as mãos. E os filhos de Israel lhe obedeceram e agiram, como o Senhor tinha ordenado a Moisés.
10 Em Israel nunca mais surgiu um profeta como Moisés, a quem o Senhor conhecesse face a face,
11 nem quanto aos sinais e prodígios que o Senhor lhe mandou fazer na terra do Egito, contra o Faraó, os seus servidores e todo o seu país,
12 nem quanto à mão poderosa e a tantos e tão terríveis prodígios, que Moisés fez à vista de todo Israel. Palavra do Senhor.
Salmo responsorial
é ele que dá vida à nossa vida
1 Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, *
2 cantai salmos a seu nome glorioso, dai a Deus a mais sublime louvação! *
3a Dizei a Deus: "Como são grandes vossas obras!" R.
5 Vinde ver todas as obras do Senhor:* seus prodígios estupendos entre os homens!
16 Todos vós que a Deus temeis, vinde escutar:* vou contar-vos todo bem que ele me fez!
17 Quando a ele o meu grito se elevou, * já havia gratidão em minha boca! R.
Aclamação ao Evangelho
V. Em Cristo, Deus reconciliou consigo mesmo a humanidade;
Evangelho
Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 18,15-20Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
15 "Se o teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão.
16 Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas.
17 Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um pecador público.
18 Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.
19 De novo, eu vos digo: se dois de vós estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que quiserem pedir, isto vos será concedido por meu Pai que está nos céus.
20 Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome eu estou ali, no meio deles". Palavra da Salvação.
Santo do Dia


“Faça bem o que deve fazer e, ao máximo, as mínimas coisas”!
João, primogênito de cinco filhos, nasceu em uma humilde família de curtidores de couro flamengo. Com apenas 10 anos, sua mãe ficou gravemente doente: primeiro, foi confiada aos cuidados dos tios e, depois, internada em um asilo.
No entanto, João tinha ideias claras: queria ser sacerdote. Começou a estudar latim na escola Diest, mas o dinheiro era pouco e teve deixar para aprender uma profissão. Na verdade, o autor desta escolha foi seu pai, que não queria que seguisse a sua vocação. Todavia, em contato direto com um filho Santo, seu pai mudou de ideia e aceitou que se tornasse sacerdote, logo após a morte da sua esposa, em 1616.
Aqui, a Providência divina entrou em ação: o rapaz começou a prestar serviço na casa do Cônego Froymont, em Malines, onde, como tutor, assistia às jovens crianças da nobreza, ganhando o suficiente para continuar seus estudos.
Nas pegadas de São Luís Gonzaga
Em 1615, os Jesuítas inauguraram um Colégio em Malines, precisamente no período de indecisão de João de como viver a sua vocação. Por curiosidade, começou a ler a biografia de São Luís Gonzaga, falecido poucos anos antes, conseguindo entender que o Senhor queria: abraçar o carisma da Companhia de Jesus, onde foi um aluno excepcional, observava à perfeição as regras que lhe foram impostas, que eram diferentes segundo as várias Comunidades. Tanto que, após apenas um ano, foi nomeado prefeito dos Noviços, que eram mais de cem.
Após emitir os votos Perpétuos, em 1618, o jovem João foi enviado a Roma para continuar seus estudos. Ali, adoeceu gravemente vindo a falecer, em 1621, com apenas 22 anos de idade. Foi sepultado na igreja da Companhia de Santo Inácio de Loyola, mas uma relíquia do seu coração foi levada para Louvain, na igreja Jesuíta de Saint-Michel.
Frei hílare: a espiritualidade de João
Partindo do apelido que João havia recebido na sua breve vida comunitária - Frei hílare - podemos dizer que era o Santo do sorriso, que indicava um caminho rumo à santidade, mediante a sua alegria na vida de cada dia.
Seu realismo espiritual saudável e sincero provinha, certamente, das suas origens pobres e da escola ascética belga, que depois, porém, se abriu completamente aos ensinamentos inacianos. João era um exemplo de como viver alegremente no Senhor; ele teve experiências místicas e foi tocado pela graça, mas, o que mais o caracterizava era a sua profunda compaixão com o próximo e sua ardente devoção à Eucaristia e à Virgem Maria.
São João Berchmans foi canonizado pelo Papa Leão XIII, em 1888. Ele foi proclamado Padroeiro da juventude estudantil junto com Santo Estanislau Kotska e São Luís Gonzaga.

Filomena, mártir cristã?
O culto de Santa Filomena, acompanhado por todos os interrogativos sobre a sua identidade, tiveram origem em Roma, em 25 de maio de 1802, durante as escavações na Catacumba de Santa Priscila, na Via Salaria. Na época, foram descobertos os ossos de uma jovem, de treze ou quatorze anos de idade, e uma ampola contendo um líquido, que, se pensava, fosse o sangue da Santa. O lóculo estava fechado por três lajes de terracota, sobre a qual estava escrito: “LUMENA PAZ TE CUM FI”. Pensava-se que, por negligência, tivesse sido invertida a ordem dos três fragmentos, que remontavam entre os séculos III e o IV d.C. e que deveriam ser lidos assim: “PAX TE / CUM FI / LUMENA”, isto é, “A paz esteja contigo, Filomena”.
Além do mais, os diversos sinais decorativos, em volta do nome, – sobretudo a palma e as lanças – levaram a atribuir estes ossos a uma mártir cristã dos primeiros séculos. Na época, de fato, achava-se que a maior parte dos corpos presentes nas Catacumbas remontava às perseguições do período apostólico.
Relíquias e prodígios em Mugnano del Cardinale
A seguir, a pedido do sacerdote de Nola, Padre Francisco de Lucia, estas relíquias foram transferidas para Mugnano del Cardinale, na província de Avelino, na igreja dedicada a Nossa Senhora das Graças, onde se encontram até hoje. Foi exatamente este sacerdote que narrou os primeiros milagres realizados ali pela Santa. Atingido por tais acontecimentos, o Papa Leão XII concedeu ao Santuário a lápide original, que Pio VII havia mandado transferir para o lapidário Vaticano.
Neste contexto, em 1833, inseriu-se a “revelação” da Irmã Maria Luísa de Jesus, que contribuiu para difundir o culto de Santa Filomena na Europa e no Continente americano.
Personagens famosos, - como Paulina Jaricot, Fundadora da Obra de Propagação da Fé e do Rosário, e o Santo Cura D’Ars, - receberam a cura completa dos seus males, por intercessão de Santa Filomena, da qual se tornaram devotos fervorosos.
A biografia, segundo a Irmã Maria Luísa
Foi precisamente a narração da Irmã Maria Luísa a revelar a história da Santa. A freira afirmou que a vida de Filomena lhe teria sido transmitida pela “revelação” da própria Santa.
Filomena teria sido filha de um rei da Grécia, que se converteu ao cristianismo e, por isso, tornou-se pai. Aos 13 anos, ela se consagrou a Deus com o voto de castidade virginal. Ao mesmo tempo, o imperador Diocleciano declarara guerra ao seu pai: a família foi obrigada a transferir-se para Roma para entabular um tratado de paz. O imperador apaixonou-se pela donzela; mas, ao rejeitar seu pedido, foi submetida a uma série de tormentos, dos quais sempre foi salva, até à decapitação definitiva. Duas âncoras, três flechas, uma palma e uma flor eram os símbolos representados nas lajes de terracota do cemitério de Priscila, que foram interpretados como símbolos do seu martírio. No entanto, um estudo mais aprofundado dos achados arqueológicos constatou a ausência da escrita martyr, fazendo decair a possibilidade da sua morte por martírio. Sobre a ampola, encontrada ao lado dos restos mortais, foi comprovado, outrossim, que o líquido contido não era sangue, mas perfumes típicos das sepulturas dos primeiros cristãos. Enfim, o corpo era de uma donzela, morta no século IV, sobre cujo sepulcro foram colocadas lajes, com inscrições de um sepulcro antecedente.
A Sagrada Congregação dos Ritos, por ocasião da Reforma Litúrgica dos anos 60, eliminou o nome de Filomena do calendário. Porém, seu culto permaneceu.
A Devoção continua
A “Santinha” de Cura D’Ars, como muitos chamavam Santa Filomena, foi venerada, de modo particular, por São Pio de Pietrelcina, desde criança. Ele a chamava “princesinha do Paraíso” e, a quem ousava colocar em discussão a sua existência, ele respondia que suas dúvidas eram fruto do demônio, e repetia: “Pode ser que não se chamava Filomena! Mas, esta Santa fez muitos milagres e não foi seu nome a realizá-los”. Ainda hoje, Filomena intercede por muitas almas e numerosos fiéis vão rezar diante dos seus restos mortais.
Santa Filomena é considerada protetora dos aflitos e dos jovens esposos; muitas vezes, proporcionou a alegria da maternidade a mães estéreis.