São Martinho de Tours, bispo
- Reading 1 : Wisdom 2:23–3:9
- Responsorial Psalm : Psalm 34:2-3, 16-17, 18-19
- Alleluia : John 14:23
- Gospel : Luke 17:7-10
- Cor Litúrgica: Branco
- Memória
- 10 novembro
- 11 novembro
- 12 novembro
Evangelho e leituras de hoje - 11 de novembro de 2025
A Liturgia do Dia é um presente diário da Igreja para nutrir nossa fé e orientar nossa vida espiritual. Por meio das leituras — Primeira Leitura, Salmo, Segunda Leitura (aos domingos) e Evangelho — ouvimos a voz viva de Deus que continua a falar ao Seu povo.
Essas palavras não são apenas memórias do passado, mas luz para o presente, capazes de transformar corações e renovar esperanças. Ao meditarmos a Liturgia, unimo-nos à Igreja no mundo inteiro e permitimos que o Espírito Santo aja em nós.
É um convite diário à conversão, à escuta e à fidelidade. Que a Palavra de Deus ilumine e conduza nosso caminho todos os dias.
Primeira Leitura
Aos olhos dos insensatos parecem ter morrido;
mas eles estão em paz.
Leitura do Livro da Sabedoria 2,23-3,9
23 Deus criou o homem para a imortalidade e o fez à imagem de sua própria natureza;
24 foi por inveja do diabo que a morte entrou no mundo, e experimentam-na os que a ele pertencem.
3,1 A vida dos justos está nas mãos de Deus, e nenhum tormento os atingirá.
2 Aos olhos dos insensatos parecem ter morrido; sua saída do mundo foi considerada uma desgraça,
3 e sua partida do meio de nós, uma destruição; mas eles estão em paz.
4 Aos olhos dos homens parecem ter sido castigados, mas sua esperança é cheia de imortalidade;
5 tendo sofrido leves correções, serão cumulados de grandes bens, porque Deus os pôs à prova e os achou dignos de si.
6 Provou-os como se prova o ouro no fogo e aceitou-os como ofertas de holocausto;
7 no dia do seu julgamento hão de brilhar, correndo como centelhas no meio da palha;
8 vão julgar as nações e dominar os povos, e o Senhor reinará sobre eles para sempre.
9 Os que nele confiam compreenderão a verdade, e os que perseveram no amor ficarão junto dele, porque a graça e a misericórdia são para seus eleitos. Palavra do Senhor.
Salmo responsorial
R. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!
2 Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, * seu louvor estará sempre em minha boca.
3 Minha alma se gloria no Senhor; * que ouçam os humildes e se alegrem! R.
16 O Senhor pousa seus olhos sobre os justos, * e seu ouvido está atento ao seu chamado;
17 mas ele volta a sua face contra os maus, * para da terra apagar sua lembrança. R.
18 Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta * e de todas as angústias os liberta.
19 Do coração atribulado ele está perto * e conforta os de espírito abatido. R.
Aclamação ao Evangelho
V. Quem me ama, realmente, guardará minha palavra,
Evangelho
Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 17,7-10
Naquele tempo, disse Jesus:
7 "Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: 'Vem depressa para a mesa'?
8 Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: 'Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso tu poderás comer e beber?'
9 Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado?
10 Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: 'Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer'". Palavra da Salvação.
Santo do Dia

No ano 980, nasceu o herdeiro de uma família nobre, proveniente de Constantinopla, mas residente em Rossano, Calábria, batizado com o nome de Basílio. Era considerado um menino prodígio, tanto que, aos 7 anos, foi confiado aos monges do mosteiro de São João Calibita, de Caloveto, para ser educado na fé cristã. Após cinco anos, foi transferido para Vallelucio, próximo de Montecassino, onde conheceu seu mestre: São Nilo, do qual jamais se separou.
Companheiro de São Nilo
Após dois anos, Nilo foi transferido para Serperi, próximo de Gaeta. Basílio, - que, ao se tornar monge, recebeu o nome de Bartolomeu, - o seguiu. Os dois futuros Santos viveram ali por dez anos, um longo período transcorrido em oração, silêncio, jejum e abstinência, sobretudo do sono. A seguir, partiram para Roma: o objetivo era interceder, junto ao Papa Gregório V, pelo seu concidadão João Filagato, que se era autoproclamado, unilateralmente, Papa com o nome de João XVI. Mas, em vão: no caminho de volta, perto de Grottaferrata, receberão a aparição de Nossa Senhora, que lhes pediu para construir, naquele lugar, um mosteiro e uma igreja em sua homenagem.
Abadia de Grottaferrata
Assim, ambos permaneceram em Grottaferrata, até à morte: São Nilo, faleceu logo em seguida, em 1004. No novo mosteiro, Bartolomeu dedicou-se, de modo particular, à assistência dos pobres; escreveu hinos religiosos e, com uma notável habilidade diplomática, conseguiu resolver os muitos dissídios entre os poderosos da época. Entre as obras mais famosas que escreveu - cujas versões originais são preservadas na abadia de Grottaferrata – destacam-se a biografia mais precisa sobre a figura de São Nilo, seu mestre, e o Typicon, código litúrgico e disciplinar do mosteiro, do qual é considerado cofundador. Bartolomeu faleceu em 1055 e foi sepultado, no seu mosteiro, ao lado do seu mestre.
O milagre do amor pelos pobres
Segundo o relato de várias testemunhas, São Bartolomeu fez muitos milagres ao longo de sua vida. Porém, o mais famoso, que chegou até nós, ocorreu alguns anos após a sua morte: o protagonista, Frei Franco, um monge moribundo, ficou curado, milagrosamente, após um sonho: ele diz ter visto duas pombas, - uma branca e uma preta - que, ao se aproximarem dele, o guiaram a um campo, repleto de luz, onde São Bartolomeu o aguardava com alguns pobres. Após ter dado a todos um pedaço de pão, o Santo entrou em esplêndido palácio, onde se encontrava a Virgem Maria. Mas, ao se despedir de Franco, pediu-lhe para recordar aos monges de Grottaferrata, que fossem sempre misericordiosos com os mais necessitados.

Seu gesto: poucos personagens podem ter sua história resumida em uma única ação, tão poderosa a ponto de permanecer indelével e profunda em uma vida.
São Martinho pertenceu a uma categoria especial de santos. Seu famoso manto é a antonomásia de um homem que nasceu em 316 ou 317, ao término do tardo Império Romano, na Panônia, hoje Hungria.
Filho de um tribuno militar, Martinho viveu em Pavia porque seu pai, um veterano do exército, havia recebido de presente um terreno naquela cidade.
Seus pais eram pagãos, mas a criança era atraída pelo cristianismo; com apenas 12 anos, queria ser asceta e retirar-se para o deserto. Mas, um edito imperial interpôs a farda e a espada ao seu sonho de oração em solidão. Por isso, Martinho teve que se alistar e acabou em um quartel na Gália.
Metade ao pobre Jesus
Seu gesto do manto ocorreu em torno do ano 335. Como membro da guarda imperial, o jovem soldado era muito requerido para as rondas noturnas. Em uma delas, durante o inverno, Martinho deparou-se, a cavalo, com um mendigo seminu. Movido de compaixão, tirou seu manto, o cortou em duas partes e deu a metade ao pobre. Na noite seguinte, Jesus apareceu-lhe em sonho, usando a metade do manto, dizendo aos anjos: "Este aqui é Martinho, o soldado romano não batizado: ele me cobriu com seu manto". O sonho impressionou muito o jovem soldado, que, a festa da Páscoa seguinte foi batizado.
Por vinte anos, ele continuou a servir o exército de Roma, dando testemunho da sua fé em um ambiente tão distante dos seus sonhos de adolescente. Mas, ele ainda tinha uma longa vida para ser vivida.
Do mosteiro à púrpura
Logo que pôde, ao ser dispensado do exército, foi ter com o Dom Hilário, bispo de Poitiers, firme opositor da heresia ariana.
Esta oposição do purpurado custou-lhe o exílio, pois o imperador Constâncio II era um seguidor da doutrina de Ário. No entanto, Martinho tinha ido visitar a sua família na Panônia. Ao saber da notícia, retirou-se para um mosteiro perto de Milão.
Quando o Bispo voltou do exílio, Martinho foi visitá-lo, obtendo dele a permissão para fundar um mosteiro perto de Tours. Assim, vivendo uma vida austera em cabanas, o ex-soldado, - que havia dado seu manto a Jesus, - tornou-se pobre como desejava. Rezava e pregava a fé católica em terras francesas, onde ficou conhecido por muitos.
Sua popularidade transformou-se em nomeação como Bispo de Tours, em 371. Martinho aceitou, mas com seu estilo próprio de vida: não quis viver como príncipe da Igreja, para que as pessoas - pobres, presos e enfermos - continuassem a encontrar abrigo sob seu manto.
São Martinho viveu nas adjacências dos muros da cidade, no mosteiro de Marmoutier, o mais antigo da França. Dezenas de monges o seguiram, muitos deles, pertenciam à casta nobre.
Um verdadeiro cavaleiro
Em 397, em Condate, atual Candes de Saint-Martin, o Bispo de 80 anos partiu com a missão de reconstituir um cisma surgido entre o clero local. Em virtude do seu carisma, pacificou os ânimos. Mas, antes de regressar para Tours, foi acometido por uma série de febres violentas.
São Martinho de Tours faleceu, deitado na terra nua, conforme o seu desejo. Uma grande multidão participou do enterro de um homem tão querido, generoso e solidário como um verdadeiro cavaleiro de Cristo.
Versículo do Dia
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