Liturgia do dia 11 de agosto de 2025

Santa Clara, virgem

  • Primeira Leitura: Dt 10,12-22
  • Salmo Responsorial: Sl 147(147B),12-13.14-15.19-20 (R. 12a)
  • Evangelho: Mt 17,22-27
  • Cor Litúrgica: Branco
  • Memória

Evangelho e leituras de hoje - 11 de agosto de 2025

A Liturgia do Dia é um presente diário da Igreja para nutrir nossa fé e orientar nossa vida espiritual. Por meio das leituras — Primeira Leitura, Salmo, Segunda Leitura (aos domingos) e Evangelho — ouvimos a voz viva de Deus que continua a falar ao Seu povo.

Essas palavras não são apenas memórias do passado, mas luz para o presente, capazes de transformar corações e renovar esperanças. Ao meditarmos a Liturgia, unimo-nos à Igreja no mundo inteiro e permitimos que o Espírito Santo aja em nós.

É um convite diário à conversão, à escuta e à fidelidade. Que a Palavra de Deus ilumine e conduza nosso caminho todos os dias.

Primeira Leitura

Dt 10,12-22

Abri, pois, o vosso coração. Amai os estrangeiros,
porque vós também fostes estrangeiros.

Leitura do Livro do Deuteronômio 10,12-22

  Moisés falou ao povo, dizendo:

12 "E agora, Israel, o que é que o Senhor teu Deus te pede? Apenas que o temas e andes em seus caminhos; que ames e sirvas ao Senhor teu Deus, com todo o teu coração e com toda a tua alma,

13 e que guardes os mandamentos e preceitos do Senhor, que hoje te prescrevo para que sejas feliz.

14 Vê: é ao Senhor teu Deus que pertencem os céus, o mais alto dos céus,  a terra e tudo o que nela existe.

 

15 No entanto, foi a teus pais que o Senhor se afeiçoou e amou; e, depois deles, foi à sua descendência,  isto é, a vós, que ele escolheu entre todos os povos, como hoje está provado.

16 Abri, pois, o vosso coração, e não endureçais mais vossa cerviz,

17 porque o vosso Deus é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas nem aceita suborno.

18 Ele faz justiça ao órfão e à viúva, ama o estrangeiro e lhe dá alimento e roupa.

19 Portanto, amai os estrangeiros, porque vós também fostes estrangeiros na terra do Egito.

20 Temerás o Senhor teu Deus e só a ele servirás; a ele te apegarás e jurarás por seu nome.

21 Ele é o teu louvor, ele é o teu Deus, que fez por ti essas coisas grandes e terríveis que viste com teus próprios olhos.

22 Ao descerem para o Egito, teus pais eram apenas setenta pessoas, e agora o Senhor teu Deus te fez tão numeroso como as estrelas do céu". Palavra do Senhor.

 

Salmo responsorial

Sl 147(147B),12-13.14-15.19-20 (R. 12a)
R. Glorifica o Senhor, Jerusalém!
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia.

12 Glorifica o Senhor, Jerusalém! * Ó Sião, canta louvores ao teu Deus!

13 Pois reforçou com segurança as tuas portas, * e os teus filhos em teu seio abençoou.  R.


14 A paz em teus limites garantiu * e te dá como alimento a flor do trigo.

15 Ele envia suas ordens para a terra, * e a palavra que ele diz corre veloz.  R.


19 Anuncia a Jacó sua palavra, * seus preceitos suas leis a Israel.

20 Nenhum povo recebeu tanto carinho, * a nenhum outro revelou os seus preceitos.  R.

 

Aclamação ao Evangelho

R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Pelo Evangelho o Pai nos chamou,
     a fim de alcançarmos a glória
     de nosso Senhor Jesus Cristo.

 

Evangelho

Mt 17,22-27

Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará.
Os filhos estão isentos dos impostos.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 17,22-27

  Naquele tempo,

22 quando Jesus e os seus discípulos estavam reunidos na Galileia, ele lhes disse: "O Filho do Homem  vai ser entregue nas mãos dos homens.

23 Eles o matarão,  mas no terceiro dia ele ressuscitará". E os discípulos ficaram muito tristes.

24 Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores do imposto do Templo  aproximaram-se de Pedro e perguntaram: "O vosso mestre não paga o imposto do Templo?"

25 Pedro respondeu:  "Sim, paga". Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se, e perguntou: "Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos?"

26 Pedro respondeu:  "Dos estranhos!" Então Jesus disse: "Logo os filhos são livres.

27 Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que tu pescares. Ali tu encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti". Palavra da Salvação.

 

Santo do Dia

S. Clara de Assis, fundadora das Clarissas
S. Clara de Assis, fundadora das Clarissas
No dia 11 de agosto, a Igreja celebra Santa Clara de Assis, virgem do século XIII, fundadora das Irmãs Clarissas. Com apenas dezoito anos, sem a permissão da família paterna, seguiu São Francisco, deixando toda a sua riqueza e dedicando-se totalmente à oração. É Padroeira da Televisão.  

Pobre por escolha nos rastos de Francisco

Domingo de Ramos de 1211. O silêncio da noite, nos campos de Assis, foi quebrado pelos passos rápidos de Clara, dezoito anos. Sabia estar indo contra a sua amada e rica família, mas Deus inspirou nela o desejo de uma verdadeira liberdade: ser pobre. Aquela fuga de toda segurança foi o epílogo de percurso iniciado sete anos antes, quando presenciou a um fato chocante: um jovem rico se despoja das suas roupas, as devolve ao pai e abraça a Senhora Pobreza. É Francisco! Naquela noite, ele estava na Porciúncula aguardando Clara: corta os seus cabelos, entrega-lhe um saio de lã grosseira e lhe encontra abrigo no mosteiro Beneditino de São Paulo, em Bastia Umbra. Seu pai tentou, em vão, convencê-la a voltar para casa.

“Pobres Damas”

O gesto de Clara atrai outras mulheres, entre as quais sua mãe e as irmãs: logo se tornaram cerca de cinquenta. Francisco as chamou “Pobres damas” ou “Pobres reclusas” e colocou-lhes à disposição o pequeno mosteiro de São Damião, que acabara de restaurar e onde recebera o convite “Vai e repara a minha casa”. Entre o Pobrezinho e Clara há plena comunhão: ela se define a “sua plantinha” e acompanha a missão dos Frades no mundo, mediante a sua oração incessante, junto com suas coirmãs.

A primeira mulher a escrever uma Regra

A primeira mulher a escrever uma Regra era forte e determinada; ela obteve a aprovação, por parte de Gregório IX, - sigilada, depois, com a Bula de Inocêncio IV, em 1253, - do “privilégio da pobreza” e do ardente desejo de “observar o Evangelho”.

Incansável adoradora da Eucaristia

A doença assinala seus últimos 30 anos, mas jamais viola seu alegre contrato com o Senhor na oração: “Nada é tão grande – escreve – quanto ao coração do homem, no íntimo do qual Deus reside”. A incansável adoradora da Eucaristia, com a píxide nas mãos, afugentou dos sarracenos de Assis.

Proclamada santa, dois anos depois da morte

Em uma noite de Natal, recolhida em oração, assiste, na parede da sua cela, os ritos que, naquele momento, se realizavam na Porciúncula, coração pulsante da comunidade dos Frades. Por este motivo, foi declarada, por Pio XII, padroeira da Televisão.
Santa Clara faleceu no dia 11 de agosto de 1253 no chão nu do Mosteiro de São Damião. Seus lábios sussurram a última oração de ação de graças: “Senhor, vós que me criastes, sede bendito”.
Uma incontável multidão, jamais vista, participou do seu enterro. Dois anos depois, foi proclamada Santa por Alexandre IV.

 

S. Tibúrcio, mártir, na via Labicana
Entre os primeiros mártires cristãos, Tibúrcio foi sepultado no cemitério “ad Duas Lauros”, na Via Labicana, em Roma, como narram os Itinerários do século VII. O Papa São Dâmaso enalteceu as virtudes heroicas deste Santo, cuja parte do seu corpo é venerada no altar-mor da igreja de Santo Apolinário.  
S. Susana, romana, na igreja homônima
S. Susana, romana, na igreja homônima
Ao consagrar-se a Cristo, Susana recusou-se casar com o filho adotivo do imperador Diocleciano. Por isso, foi condenada à morte e decapitada, em 11 de agosto de 294, em sua casa, que, depois, se tornou lugar de culto. Seu corpo deveria descansar sob a atual igreja, a ela dedicada, em Roma.  

A história de Santa Susana foi-nos transmitida pela Passio do seu martírio, que remonta ao século VI, e enriquecida com contos lendários. Não se sabe a data do seu nascimento; provavelmente, era natural da Dalmácia, mas viveu em Roma no século III.
De família nobre, aparentada com o imperador Diocleciano, Susana era filha do presbítero Gabinio (na época, os presbíteros eram os anciãos, que cuidavam da comunidade cristã), irmão do Bispo Caio, que depois se tornou Papa (283-296), e de Cláudio e Máximo, funcionários imperiais.
Susana, jovem culta e de rara beleza, consagrou-se a Deus, oferecendo-lhe a sua virgindade. Por isso, recusou a proposta de Diocleciano de casar com seu filho adotivo, Gaio Galério Valério Maximiano.

O exemplo de Susana converteu seus tios Cláudio e Máximo

Seu tio Cláudio, que havia sido encarregado de fazer-lhe a proposta de casamento, ficou tão impressionado com a determinação da jovem. A ponto de querer saber mais sobre a sua crença. Por isso, converteu-se - e, com ele, sua esposa, os filhos e os servos - e distribuiu seus bens aos pobres.
Não tendo recebido nenhuma resposta, o imperador pediu notícias ao irmão de Cláudio, Máximo. Assim, ele ficou sabendo sobre a decisão de Susana de renunciar ao casamento. Depois, junto com Cláudio, decidiu envolver na questão também Caio e Gabinio. Todos os quatro concordaram em não obrigar a jovem a casar-se. Ao conhecer melhor a sobrinha, também Máximo abraçou o cristianismo.

Decapitada em casa

Ao ser informado sobre a decisão de Susana e sobre a conversão de seus dois oficiais, Diocleciano, furioso, prendeu a jovem e seus familiares.
Submetidos a um interrogatório, nenhum deles abjurou à fé cristã. Assim sendo, o imperador mandou condená-los à morte. Cláudio e Máximo foram queimados vivos; Gabinio foi torturado e Susana decapitada em sua casa, em 11 de agosto de 294.
A esposa do imperador Diocleciano, Serena, que também era cristã, organizou o enterro e conservou seu sangue como relíquia.
O Papa Caio, que morava perto da casa de Gabinio, na manhã do dia seguinte, celebrou Missa no lugar do martírio de Susana e estabeleceu que a santa fosse recordada e venerada em sua própria casa.
Desta forma, começando a aumentar o culto a Santa Susana, foi construída, naquela localidade, uma igreja, conhecida no século IV, com o nome "ad Duas domos" ("às duas casas"), indicando as duas casas, de Gabinio e Caio, pai e tio da mártir.
Os restos mortais de Santa Susana, que foram sepultados no cemitério de Santo Alexandre, na Via Nomentana, foram trasladados, depois, para a igreja a ela dedicada e, várias vezes, modificada, hoje denominada igreja de Santa Susana nas Termas de Diocleciano.
Ali, segundo fontes de 1500, foi encontrada uma lápide, atribuída ao século V – que depois foi perdida, – com a escrita: "Olim presbyteri Gabini Filia Felix / Hic Susana Iacet In Pace Patri Sociata" (“Filha feliz do presbítero Gabinio / aqui jaz Susana, na paz do Senhor).

Versículo do Dia

Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. (Mt 5,3)

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