Santos Cornélio, papa, e Cipriano, bispo, mártires
- Reading 1 : 1 Timothy 3:1-13
- Responsorial Psalm : Psalm 101:1b-2ab, 2cd-3ab, 5, 6
- Alleluia: Luke 7:16
- Gospel : Luke 7:11-17
- Cor Litúrgica: Vermelho
- Memória
- 15 setembro
- 16 setembro
- 17 setembro
Evangelho e leituras de hoje - 16 de setembro de 2025
A Liturgia do Dia é um presente diário da Igreja para nutrir nossa fé e orientar nossa vida espiritual. Por meio das leituras — Primeira Leitura, Salmo, Segunda Leitura (aos domingos) e Evangelho — ouvimos a voz viva de Deus que continua a falar ao Seu povo.
Essas palavras não são apenas memórias do passado, mas luz para o presente, capazes de transformar corações e renovar esperanças. Ao meditarmos a Liturgia, unimo-nos à Igreja no mundo inteiro e permitimos que o Espírito Santo aja em nós.
É um convite diário à conversão, à escuta e à fidelidade. Que a Palavra de Deus ilumine e conduza nosso caminho todos os dias.
Primeira Leitura
O bispo tem o dever de ser irrepreensível;
do mesmo modo os diáconos possuam o mistério da fé
junto com uma consciência limpa.
Leitura da Primeira Carta de São Paulo a Timóteo 3,1-13
Caríssimo,
1 eis uma palavra verdadeira: quem aspira ao episcopado, saiba que está desejando uma função sublime.
2 Porque o bispo tem o dever de ser irrepreensível, marido de uma só mulher, sóbrio, prudente, modesto, hospitaleiro, capaz de ensinar.
3 Não deve ser dado a bebidas nem violento, mas condescendente, pacífico, desinteressado.
4 Deve saber governar bem sua casa, educar os filhos na obediência e castidade.
5 Pois, quem não sabe governar a própria casa, como governará a Igreja de Deus?
6 Não pode ser um recém-convertido para não acontecer que, ofuscado pela vaidade, venha a cair na mesma condenação que o demônio.
7 Importa também que goze de boa consideração da parte dos de fora para que não se exponha à infâmia e caia nas armadilhas do diabo.
8 Do mesmo modo os diáconos devem ser pessoas de respeito, homens de palavra, não inclinados à bebida, nem a lucro vergonhoso.
9 Possuam o mistério da fé junto com uma consciência limpa.
10 Antes de receber o cargo sejam examinados; se forem considerados dignos, poderão exercer o ministério.
11 Também as mulheres devem ser honradas sem difamação, mas sóbrias e fiéis em tudo.
12 Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, e saibam dirigir bem os seus filhos e a sua própria casa.
13 Pois os que exercem bem o ministério, recebem uma posição de estima e muita liberdade para falar da fé em Cristo Jesus. Palavra do Senhor.
Salmo responsorial
1 Eu quero cantar o amor e a justiça, * cantar os meus hinos a vós, ó Senhor!
2a Desejo trilhar o caminho do bem, *
b mas quando vireis até mim, ó Senhor? R.
c Viverei na pureza do meu coração, *
d no meio de toda a minha família.
3a Diante dos olhos eu nunca terei *
b qualquer coisa má, injustiça ou pecado. R.
5 Farei que se cale diante de mim * quem é falso e às ocultas difama seu próximo; o coração orgulhoso, o olhar arrogante * não vou suportar e não quero nem ver. R.
6 Aos fiéis desta terra eu volto meus olhos; * que eles estejam bem perto de mim! Aquele que vive fazendo o bem * será meu ministro, será meu amigo. R.
Aclamação ao Evangelho
V. Um grande profeta surgiu entre nós,
Evangelho
Jovem, eu te ordeno, levanta-te!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 7,11-17Naquele tempo,
11 Jesus dirigiu-se a uma cidade chamada Naim. Com ele iam seus discípulos e uma grande multidão.
12 Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade a acompanhava.
13 Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: "Não chores!"
14 Aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então, Jesus disse: "Jovem, eu te ordeno, levanta-te!"
15 O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe.
16 Todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus, dizendo: "Um grande profeta apareceu entre nós e Deus veio visitar o seu povo".
17 E a notícia do fato espalhou-se pela Judeia inteira, e por toda a redondeza. Palavra da Salvação.
Santo do Dia

A comemoração destes dois mártires, no mesmo dia, é muito antiga. O Martirológio de São Jerônimo já os celebrava juntos. Esta data escolhida indica, em particular, a renúncia ao trono papal do primeiro e a morte do segundo por decapitação.
Cornélio, o Papa da mansidão
Em Roma, no ano 251, após alguns anos de cargo vacante, devido à perseguição de Décio, Cornélio foi eleito Papa: era um romano, talvez de origens nobres, mas, certamente, reconhecido como homem de fé, justo e amoroso. Porém, a sua eleição não foi aceita pelo herege Novaciano, que se fez consagrar antipapa e promoveu um cisma precisamente na Cidade de Roma. Cornélio - que apoiava à distância o Bispo Cipriano – foi acusado de ser muito manso com os "lapsos": estes eram apóstatas, que retornavam à Igreja, sem as devidas penitências, mas simplesmente com a apresentação de um certificado de reconciliação, obtido de algum suposto confessor. Além do mais, uma epidemia abateu-se sobre Roma e, depois, teve início também a perseguição anticristã de Galo. O Papa Cornélio foi exilado e preso em Civitavecchia, onde faleceu, mas foi sepultado nas catacumbas de São Calisto, em Roma.
Cipriano, Bispo convertido
Cipriano nasceu em Cartago, no ano 210: era um hábil retórico, que exercia a profissão de advogado. Certo dia, ao ouvir a palavra de Jesus, converteu-se ao Cristianismo. Transcorria o ano 246. Graças à sua fama de intelectual, foi imediatamente ordenado sacerdote e consagrado Bispo da sua cidade. Mas, em Cartago, a situação dos cristãos não era fácil: agravaram-se as perseguições de Décio, depois de Galo, Valeriano e Galieno. Assim, muitos fiéis, ao invés de morrer, decidiram voltar ao paganismo. Com o tempo, alguns se arrependeram, mas a conduta de acolhida e benevolência do Bispo Cipriano com eles não foi aceita pelos rigoristas. Envolvido na contenda dos "lapsos", lutou contra o Padre Novato, que apoiava o antipapa Novaciano, e contra o diácono Felicissimo, que havia eleito Fortunato como antibispo. Em 252, Cipriano conseguiu convocar um Concílio em Cartago para condená-los, enquanto o Papa Cornélio, em Roma, confirmava a excomunhão deles. Durante a perseguição de Valeriano, o clandestino Cipriano retornou a Cartago, para dar testemunho da fé, mas ali foi martirizado.

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